MOVIMENTO

Manifestantes vão às ruas pelo impeachment da presidente Dilma

Cerca de 700 pessoas vestidas com as cores verde e amarelo percorreram 3 km com faixas pedindo, pelas ruas de São Luís, o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Manifestantes vão às ruas pelo impeachment da presidente Dilma

O movimento de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff tomou conta em todo o país ontem. Em várias cidades brasileiras, a população foi às ruas em forma de incentivo ao processo que pode tirar Dilma e o PT do poder.

Em São Luís, a movimentação saiu e seguiu pela Avenida dos Holandeses, uma das mais movimentadas da capital maranhense, e chegou até a Península da Ponta d’Areia. Foram aproximadamente três quilômetros de uma caminhada no final da tarde. Cerca de 700 pessoas participaram da mobilização, segundo a SMTT.
Às quatro da tarde, foi iniciada a concentração. As pessoas vestiam camisas em verde e amarelo e carregavam bandeiras e faixas nas mesmas cores e com frases pedindo a saída da presidente. Os manifestantes também levaram diversas faixas com frases como “Quem ama cuida. Eu não aceito corrupção”; “Corrupção é igual a menos saúde e menos educação”.
Manifestantes vão às ruas pelo impeachment da presidente Dilma

Entre discursos e gritos, os manifestantes cantavam “Resistir e persistir até a Dilma cair” e “Fora PT, fora PT e leva a Dilma com você”. Um trio elétrico dava suporte ao movimento.

O movimento deste domingo foi organizado pelas redes sociais e através da mobilização de dois grupos: Vem Pra Rua e Eu Te Amo Meu Brasil, sendo este último uma iniciativa de maranhenses revoltados com o governo petista de Dilma. Com o tema “Não vai ter golpe, vai ter impeachment”, diversas mensagens foram compartilhadas durante toda semana nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas mobilizando usuários para o ponto de encontro do manifesto.
Manifestantes vão às ruas pelo impeachment da presidente Dilma

De acordo com Sóstenes Salgado, um dos organizadores da mobilização, essa era a hora de ir para rua, convocar a todos e cobrar, com cada um protestando da forma que se sente à vontade.

“A insatisfação é muito grande. Não vamos colocar todos os insatisfeitos na rua. Algumas pessoas gostam da ideia da manifestação, outras nas redes sociais e outras com o buzinaço, dando apoio. Já que não aceitamos essa roubalheira que está gigante no país, queremos a apuração dos fatos e que sejam punidos todos os responsáveis”, disse.
O empresário Maurício Alves participou de todos os protestos feitos em São Luís contra o governo petista. Segundo ele, este é o momento de mudar o quadro político e econômico do Brasil e de dar uma nova perspectiva a ele. “O Brasil precisa retomar o desenvolvimento político e econômico. E isso nós podemos conseguir, vindo para as ruas e dizendo ‘basta!’”.
Protesto tem adesão em 22 estados brasileiros
Apontadas como uma espécie de termômetro para o impeachment da presidente da República, as primeiras grandes manifestações antigoverno ocorridas depois da acolhida do processo de impedimento de Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não contaram com um comparecimento massivo da população. Mas, para os organizadores, os protestos de ontem foram apenas um “esquenta” para manifestações maiores em 2016.
Até as 18h35 deste domingo, atos pró-impeachment haviam ocorrido em 22 estados, além do Distrito Federal. Em São Paulo, foi estimado de 40 mil (segundo o Instituto Datafolha) a 80 mil pessoas (segundo os organizadores) o número de manifestantes presentes na Avenida Paulista,de acordo com a PM, foram 30 mil. O número é bem abaixo do registrado no protesto ocorrido no dia 15 de março, quando 210 mil pessoas, estiveram presentes no local.
Na capital Brasília, a manifestação fez com que vias da Esplanada dos Ministérios fossem fechadas e reuniu 6.000 pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. No Rio, o ato se deu na Praia de Copacabana e reuniu cerca de 5.000. A PM afirmou que não fará estimativa de público.
Estimativa
Em Belo Horizonte, a Polícia Militar estimou em 3.000 os manifestantes que ocuparam a região da Praça da Liberdade. Para organizadores, havia o dobro: 6.000 pessoas. Em outras capitais, públicos modestos também foram registrados. Em Porto Alegre, organizadores estimaram o público em 3.000 pessoas, mas a Brigada Militar apontou número bem menor: cerca de 400 pessoas. Em Curitiba, o número de manifestantes ficou entre 7.000 pessoas (segundo a Polícia Militar) e 20 mil (de acordo com organizadores).
A manifestação em Recife contou público estimado entre 500 e mil pessoas, de acordo com organizadores (a PM não calculou o público). Em Salvador, a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, organizadores apontaram um público de até 2.000 pessoas.
A maior adesão de manifestantes em protestos antigoverno pelo país, até o momento, se deu no dia 15 de março. Naquela ocasião, cerca de 2 milhões de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo federal.
 
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