COMBATE

Programa atende mais de 500 usuários de crack em São Luís

Estratégia é buscar usuários de rua e ajudá-los a deixar o vício

14/03/2012. Crédito: Honório Moreira/OIMP/D.A Press. Brasil. São Luis - MA. Usuários de crack e outras drogas, são vistos no bairro do João Paulo.

O crack é considerado a droga mais perigosa deste século devido ao seu poder viciante. O número de usuários deste entorpecente cresce 10% ao ano, segundo pesquisa do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC). Para combater o avanço deste psicotrópico e orientar sobre as consequências do uso, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semcas) executa o programa ‘Crack, é possível vencer’, desde maio. O projeto atende 539 usuários desta droga na capital, sendo 194 moradores de rua e sete são crianças. “A abordagem para o tratamento é feita com as equipes nas ruas. Nos casos em que a pessoa atendida aceita a continuidade do atendimento, ela é encaminhada ao órgão de referência”, explica a coordenadora do programa, Ethelanny Leite.

Feito de pasta-base de cocaína com outros produtos químicos, o crack é uma droga forte e barata, cujos efeitos e vício ocorrem mais rapidamente e com mais intensidade. A estratégia do projeto é buscar esses usuários e ajudá-los a deixar o vício. A coordenadora explica que o objetivo do programa não é recolher as pessoas na rua ou em situação de rua. O trabalho é feito por meio do “Consultório na Rua”, parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), e o programa “Busca Ativa”, da Semcas. A coordenadora reitera que o encaminhamento à Rede de Atenção psicossocial ou à Semcas para abrigo é feito a partir da vontade do usuário em querer deixar o vício. Os homens são maioria dos atendidos pelo projeto na capital – 142 pessoas.

A equipe é multidisciplinar e inclui psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo e técnico de enfermagem. Os usuários são encaminhados ao Centro de Atenção Psicossocial II – Caps II, que atende adultos com transtornos graves de álcool e drogas; Caps AD, para atender adultos usuários de drogas; Caps I, voltado às crianças e adolescentes com transtornos mentais e usuárias de álcool e drogas; e Consultório na Rua (CnR). A família é parte importante neste processo de tratamento e é inserida em todas as etapas. “Todo o tratamento em saúde mental tem a necessidade da inserção da família. Os parentes recebem orientação sobre o tratamento e como podem contribuir”, ressalta a médica. Em alguns casos, familiares são atendidos pela equipe dos Caps, específico para a família.
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