PESQUISA

59% dos consumidores pretendem presentear seus parceiros no Dia dos Namorados

Lojistas anunciam ofertas em vitrines temáticas para atrair os enamorados

Foto: KARLOS GEROMY/OIMP/DA PRESS.


KARLOS GEROMY/OIMP/DA PRESS

Vestuário, cosméticos e perfumaria são os itens mais procurados

“Comprei o presente no início do ano, aproveitando os descontos e promoções do pós-Natal. Valeu a pena. Agora, gastaria o dobro”. O relato é da secretária Anacélia Ribeiro da Costa, 35 anos, que preferiu antecipar a compra para o Dia dos Namorados. Ela integra a lista dos 59% de consumidores que vão dar algum presente ao parceiro nesta data. Já os que pretendem comemorar o dia são 60,7%. Vestuário, cosméticos e perfumaria são os itens mais procurados, sendo que as pessoas estão dispostas a gastar até R$ 154, em média – valor 3,3% maior que o do ano passado. O valor total da compra também aumentou – 5,5% – e a maioria quer pagar à vista – 73,3%. Os dados são de pesquisa realizada pela Fecomercio-MA, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL- São Luís) e aponta ainda aumento de 1,9% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do crescimento, os índices de vendas não animam o setor, segundo explica o presidente do Fecomércio, José Arteiro. “Assim como no ano passado, as vendas em datas comemorativas importantes para o comércio continuam comprometidas. A cautela e o planejamento devem ser as palavras de ordem para manter as finanças equilibradas”. Ele se refere à queda de mais de 22% nas vendas ano passado, decorrente de crise no sistema de transporte público na capital. E esse cenário, prevê, deve se estender às compras de fim de ano. “A taxa de juros deve se manter em elevação, não permitindo modificar o momento atual de contração do consumo final das famílias até dezembro”, reitera Arteiro.
Foto: KARLOS GEROMY/OIMP/DA PRESS.


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Na hora de escolher o local de compra, os shoppings ainda lideram a preferência do consumidor

O presidente da CDL-São Luís, Fábio Ribeiro, atribui as baixas nas vendas aos juros altos, o crédito ao consumidor dificultado e o menor volume de recursos circulando no mercado. “Estamos recomendando ao lojista que intensifique as ofertas de produtos, promoções e opções à disposição do consumidor; além de investir na qualidade do atendimento”. Acrescenta ainda que o comércio atravessa um período de dificuldades, mas “acreditamos que elas logo serão superadas”. Ele antecipa que no próximo final de semana, as lojas da Rua Grande abrirão no domingo das 8h às 14h; e as dos shoppings das 14h às 20 horas. “Assim o consumidor terá mais tempo para as comparas da data comemorativa”, conclui.

Na hora de escolher o local de compra, os shoppings ainda lideram a preferência do consumidor com 65,9% – um crescimento de 22,5% em relação ao ano passado. Já as lojas do Centro estão em segundo lugar com 28,7% da preferência e apresentando queda de 8,8%, comparado com o ano anterior. Seguem os comércios de bairro (6,2%), lojas de departamento (3,2%) e a internet (1,8%). A instituição orienta o empresário lojista a apostar no investimento em novidades, visual da loja e ofertas para atrair e manter e consumidor. Com descontos e promoções o cliente comparece e resolve comprar. É o que afirma a pesquisa, onde aponta que 42,6% dos consumidores decide a compra por causa das promoções.
E uma vitrine bem organizada e arrumada atrai mais que o preço baixo, segundo a pesquisa, que aponta este item como forte motivador da compra (35,6%), seguido do preço (30,8%). Para a pesquisa de intenção de consumo foram entrevistados maiores de 18 anos nos principais pontos de comércio na capital. E ao contrário do que se possa imaginar, os homens são os mais dispostos a gastar com presentes nesta data. Representaram 69,3% dos consumidores. A análise colheu opinião de 700 pessoas entre os dias 11 a 15 de maio. A margem de erro da amostra é de 3,7% e a margem de segurança é de 95%.
Dados desanimadores
A baixa na expectativa de vendas para esta data é prevista também no restante do país. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Dia dos Namorados deve registrar queda de 0,1%, comparando ao ano passado, e este é apontado como o pior resultado do setor nesta data, desde 2004. O órgão atribui a queda ao aumento das taxas de juros ao consumidor, nos últimos quatro anos; e a diferença entre a renda, que permanece baixa, e os preços, que vêm elevando. O Dia dos Namorados é uma das seis datas comemorativas mais importantes para o comercio varejista brasileiro e, apesar das expectativas negativas, deve movimentar R$ 2,4 bilhões este ano. Esta é a terceira melhor data para o setor, ficando atrás apenas do Dia das Mães e Natal.
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