Governo do Irã se nega a entregar caixas-pretas de Boeing que caiu
A informação foi dada pelo chefe da Organização da Aviação Civil do Irã, Ali Abedzadeh. 176 pessoas morreram no desastre
O governo do Irã informou que não entregará a caixa-preta do Boeing 737 ucraniano que caiu nesta quarta-feira (8/1) após decolar de Teerã. “Não daremos as caixas-pretas para o fabricante [Boeing], nem para os americanos”, afirmou o diretor da Organização da Aviação Civil do Irã, Ali Abedzadeh. A informação é da agência de notícias Mehr. 176 pessoas morreram no acidente.
As equipes iranianas de busca e resgate encontraram as caixas-pretas do avião ucraniano por volta das 8h da manhã (horário de Brasília). Em nota, a Ukraine International Airlines, dona do avião, disse que a aeronave foi fabricada em 2016 e passou pela última vistoria técnica há dois dias.
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As primeiras declarações do governo do Irã sugeriram uma pane técnica, confirmada pela embaixada da Ucrânia no Irã. Em nota, as autoridades ucranianas informaram que “uma falha no motor” teria causado o acidente e excluíram “a tese de um ataque terrorista”. Na sequência, esse trecho foi retirado de seu comunicado à imprensa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu para o risco de qualquer “especulação” e disse que confiou ao procurador-geral da Ucrânia a abertura de um processo para investigar o desastre.
O avião da Ukraine International Airlines com destino a Kiev, caiu sobre terras agrícolas em Khalaj Abad, no distrito de Shahriar, cerca de 45 quilômetros a noroeste do aeroporto internacional Imã Khomeini de Teerã.
No voo havia passageiros de 7 nacionalidades: 82 do Irã, 63 do Canadá, 11 da Ucrânia (9 tripulantes), 10 da Suécia, 4 do Afeganistão, 3 do Reino Unido, e outros 3 da Alemanha.