ECONOMIA

Com privatização descartada, Itaqui anuncia próximo passo para dominar exportação no Brasil

Foi anunciada ontem a 2ª fase das obras que têm como meta dobrar a exportação de grãos em 2020. Dias antes, o Ministro da Infraestrutura veio ao MA e desmentiu boatos sobre privatização

Foto: Reprodução

Na terça-feira (12), o Porto do Itaqui anunciou a segunda fase para a meta de dobrar a exportação de grãos em 2020. A construção de um novo berço de atracação e de uma moega ferroviária permitirão, juntos, a descarga de 9 mil toneladas de grão por hora. Dias antes, na sexta-feira (8), o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, foi recebido no Maranhão e descartou boatos sobre a privatização do porto.

A contratação de obras e equipamentos deve começar no começo deste ano e a execução está prevista para o primeiro semestre do ano que vem. O novo berço, que funcionará em conjunto com o já existente, demandará também a aquisição de um novo shiploader. A segunda moega ferroviária permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente.

Com as mudanças desta segunda fase, a expectativa é que o TEGRAM receba 80% do volume pelo modal ferroviário e os 20% restantes pelo modal rodoviário.

A proposta de passar de 5,4 milhões de toneladas exportadas ao ano para 12 milhões em 2020 foi apresentada pelo Consórcio Itaqui-Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM) em agosto de 2018. O anúncio feito na terça trata-se somente da segunda fase do processo.

A visita do Ministro ao Maranhão

Em visita ao estado na última sexta-feira, o Ministro Freitas citou oito portos do Brasil que estariam dentro do plano de privatizações do Governo Bolsonaro. A justificativa é, segundo ele, que esses portos não teriam recursos para pagar sequer a folha pessoal. O Itaqui não é um deles, visto que em 2017 alcançou o pódio na exportação do país.

Foram mais de 150 mi de toneladas exportadas do porto maranhense, o que consolidou o pódio do Arco Norte na exportação de milho e soja. Em seguida, está o Porto de Vitória, com aproximadamente 100 mi de toneladas. O maior receptor do produto do Maranhão é a China. Os levantamentos foram feitos pela Antac (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Durante a estadia de Freitas, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PRB), apontou problemas que podem dificultar a atividade no âmbito rodoviário. Na época do escoamento de grãos, são 2 mil carretas diárias que percorrem mais de 3 mil quilômetros de rodovias federais – destas, nem todas asfaltadas e com graves problemas no asfalto causados pela chuva.

Na sexta-feira, estas e outras situações foram expostas. Brandão ressaltou ao Ministro o fato de o Maranhão ter ficado com apenas 1/3 do orçamento do Ministério, em comparação com os outros Estados do Nordeste.

 

 

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