Segundo o Datasus, sistema de informações do Ministério da Saúde, no mínimo 421 maranhenses foram vacinados contra a Covid-19 com a primeira dose da vacina da Coronavac e a segunda dose da AstraZeneca ou vice-versa. Realizar a mistura dos dois fabricantes de uma mesma vacina é considerado um erro de imunização.

De acordo com o Ministério da Saúde, a grande maioria das pessoas que foram realizar sua imunização começou a com a vacina Coronavac e na segunda dose tomou AstraZeneca. Entretanto as vacinas além de conter intervalos diferentes, sendo a Coronavac de até 28 dias para segunda dose e a vacina de AstraZeneca de até três meses para a sua segunda, as suas tecnologias são totalmente distintas.

No Maranhão, cerca de 330 pessoas tomaram a AstraZeneca primeiro e logo em seguida a Coronavac, já outras 91 tomaram Coronavac primeiro e logo depois AstraZeneca. O Brasil, tem mais de 16 mil pessoas imunizadas de forma equivocada. Este problema foi mais notificado no estado de São Paulo, somente Acre e Rio Grande do Norte não possuem notificações de erro.

A Coronavac que vem sendo produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, utiliza o vírus inativado para levar à produção de antocorpos, a mesma estratégia usada para fabricar as vacinas contra a gripe. Já a vacina de Oxford é do tipo vetor viral não replicante (no caso, um adenovírus de chimpanzé) capaz de infectar células humanas, mas que não forma novos vírus, impedindo que a infecção progrida. Ainda não se sabe se a aplicação de duas vacinas diferentes pode gerar efeitos colaterais distintos dos descritos nos testes de cada imunizante.