COVID-19

Colapso no município de Imperatriz preocupa Flávio Dino

Governador demonstrou preocupação com a 2ª maior cidade do estado que já alcançou a taxa de 100% de ocupação de leitos de UTI e pode tomar medidas mais enérgicas

Reprodução

A aproximação do colapso no sistema de saúde na Região Tocantina, principalmente em Imperatriz, tornou-se uma preocupação para o governo do Maranhão. A cidade, que conta com 1.102 casos confirmados e  dispõe de 35 leitos de Unidade de Terapia Intensiva exclusivo para pacientes da covid-19, alcançou os 100% da taxa de ocupação. Sendo que os leitos clínicos para os pacientes infectados pela doença chegou aos 92,42% com 61 ocupados e apenas cinco livres, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Para amenizar a situação, o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou, durante a entrevista coletiva virtual, que o município ganhará mais 10 novos leitos de UTI’s, e que não descarta tomar medidas mais enérgica para tentar frear o crescimento dos casos no município e demais cidades do estado, uma vez que das 217 cidades do estado 202 já registraram casos da doença.

“Eu não tenho ainda uma decisão tomada sobre medidas preventivas novas, mais rígidas nem com relação a Imperatriz e nem em relação a qualquer outra cidade do Maranhão. Mas quero afirmar que desde logo há uma possibilidade concreta de acordo com os números. Não será uma decisão desarrazoada, mas sim uma decisão de proteção à vida, o meu dever irrenunciável, indeclinável. O que eu peço no momento é a colaboração forte e ainda maior dos cidadãos da cidade de Imperatriz e Região Tocantina para que possamos alterar este quadro desafiador que estamos acompanhando todos os dias”, ressaltou o governador.

Com os novos leitos de UTI’s abertos pelo governo do estado subiu de 35 para 45, baixando para 77,7% a taxa de ocupação.

O governador afirmou que os primeiros pacientes com covid-19 foram transferidos na noite de ontem (21), e que é alta a demanda de casos na cidade que também conta ainda com o apoio dos leitos clínicos e de UTI da rede privada e do município.

“Eu intensifiquei as parcerias a cidade. Foi aberto um ambulatório no nosso Hospital Estadual Macrorregional. estamos fazendo um grande esforço na UPA da Bernardo Saião; apoiamos a iniciativa social de um ambulatório de um grupo privado no Centro de Convenções de Imperatriz onde estamos entrando com os medicamentos e com as tomografias; estamos ajudando a Prefeitura de Imperatriz na UPA do São José para que possa se dinamizar e estamos formalizando uma outra oferta para que Imperatriz consiga incrementar seus serviços uma vez que há uma grande pressão na cidade”, elencou Flávio Dino as iniciativas.

O governador aposta na prevenção e estuda medidas mais rígidas não só para a cidade de Imperatriz mais para outras cidades que estão com indicadores sociais preocupantes.

“Esta é uma responsabilidade da qual eu não me afasto. Nós iremos evitar colapso na rede hospitalar de Imperatriz. Nós estamos lutando com investimentos agora é preciso que cada cidadão ajude, sobretudo adotando as medidas preventivas”, pediu Flavio Dino. E que quer fazer a reversão do quadro preocupante do número de casos na segunda maior cidade do estado está realizando diversas reuniões com autoridades municipais, estaduais e representantes políticos da região.

Flávio Dino também informou que para impedir o avanço no interior do estado também está fazendo investimento em outros municípios como a abertura de 10 grandes hospitais que estão em funcionamento e que vai continuar no processo de expansão de leitos.

Taxa de mortes é menor que a do Brasil

Com relação aos casos na ilha de São Luís, Flávio Dino, ressaltou que é preciso investir mais na prevenção junto à população para que a capital continue tento êxito na queda de casos. Dino afirmou que é a responsabilidade é de todos e não só dos gestores municipais para estabilizas os casos em todo o estado. O governador mostrou por meio de gráficos que há uma diferença no números de casos na capital e no interior do estado. A curva na ilha caminha para uma trajetória de estabilização, enquanto no interior do estado outras regiões a curva esta bem inclinada para cima. “Não significa que vencemos a batalha na ilha, mas significa dizer que tudo que nós fizemos foi feito com seriedade e com o propósito de acertar, mesmo que obviamente não acertemos sempre.”, disse Flávio Dino.

O governador aproveitou a oportunidade para criticar de forma velada os gestores que estão tirando proveito da crise sanitária que o país está atravessando. E que faz o governo perseverar no caminho honesto e não no da demagogia. “Eu não faço comício eleitoreiro em plena pandemia. A minha formação ética não permite isso. E lamento que daqui, dacolá alguns os façam, mas o nosso caminho é assentado da profunda fé em Deus que eu tenho e nos preceitos da ciência”. Dino ressaltou que foi acertado as medidas restritivas na grande ilha como o lockdown, o rodízio de carros, da insistência em defender o distanciamento social e que isto foi fundamental para a queda no número de casos amenizando a polêmica do novo protocolo com a hidroxicloroquina e outros medicamentos adotado pelo governo do estado que foi tema de debate nas redes sociais.

Com 16.058 casos confirmados, 663 óbitos e 202 municípios atingidos, Flávio Dino comemorou a taxa de letalidade no estado que está abaixo da brasileira,  “Nós estamos há várias semanas conseguindo consolidar uma meta que nós buscamos: manter a nossa taxa de letalidade abaixo da média brasileira. Os últimos boletins oficiais do Ministério da Saúde mostram que a taxa brasileira está na ordem de 6,5% e a nossa 4,13%. Então o Maranhão se mantém com uma taxa de mortes por coronavírus abaixo da média brasileira”, ressatou Dino

O governador afirmou ainda que o conjunto de medidas aplicadas, sobretudo na ampliação de leito e em novas equipes garantiram a taxa descendente no que se refere a letalidade. Dino demonstrou em números que o estado começou o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus com 232 leitos exclusivos e que até ontem pela manhã tinha 1.445 leitos estaduais (sem somar os leitos dos municípios e privados), e que até a noite de ontem chegará 1.455. Ainda sobre a ilha, Flávio Dino acrescentou que a ocupação continua alta com 93,75% nos leitos de UTI e 79,32% nos leitos clínicos, informando que a situação de ocupação máxima que foi registrada anteriormente não existe mais, e que o sistema de saúde está permitindo que São Luís receba pacientes oriundos de outras regiões do estado.

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