SAÚDE

Telas Eletrônicas não devem ser usadas no primeiro ano de vida, segundo a OMS

Brincadeiras saudáveis como as da nossa própria infância protegem as crianças de problemas na saúde no futuro

Reprodução

Dar o celular na mão de um criança é para muitos pais uma maneira de acalmá-las, deixá-las entretidas. E geralmente funciona. Os pequenos são atraídos pelas imagens das telas, seja de aparelhos telefônicos ou computadores. Desenhos animados na televisão sempre fizeram parte da infância de muitos de nós, mas os tempos mudaram, e a tecnologia ganhou espaço até nessas pequeninas mãozinhas. Mas acostumar as crianças com telas desde muito pequenas pode ser prejudicial à saúde.

Idionara Bortolossi é mãe de uma menina de 1 ano e 3 meses. Ela diz que a tentação é grande, mas que não deixa a filha mexer no celular. “Eu cuido muito com isso, porque não gosto da ideia de ‘babá musical’, de deixá-la horas à frente da TV ou celular pra passar o tempo. Porém, ela não gosta de andar de carro e teve uma época que fazia tanto escândalo e chorava tanto, que comecei a colocar musiquinhas para ela, e aos poucos, foi resolvendo.” Idionara sabe da importância de não deixar a filha exposta a era digital.

Por mais reconfortante que seja fazer uma criança parar de chorar quando ela se entretém com algo, é importante ficar atento na saúde deles. A Organização Mundial de Saúde lançou recentemente um guia de saúde infantil. Nele, alerta que os pais não devam deixar que crianças com menos de 2 anos tenham acesso ao celular e outros equipamentos. De 2 anos em diante, a recomendação é desligar  os equipamentos duas horas antes de dormir. E não é difícil imaginar as razões para isso.

A OMS destaca por exemplo que a luz emitida pelas telas atrapalha o sono e predispõe à obesidade, interfere na saúde óssea, metabolismo cardíaco, desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras.

Uma cartilha da Sociedade Brasileira de Pediatria também traz importantes recomendações aos pais. O documento de 2016 é um manual de orientação para crianças e adolescentes da era digital e orienta os pais a, por exemplo:

  • Limitar o tempo de exposição às mídias ao máximo de 1 hora por dia, para crianças entre 2  a 5 anos de idade.
  • Crianças entre 0 a 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos. Isso para que que os adultos controlem o conteúdo que elas estão expostas.

Pensando em outras alternativas para os papais que querem entreter as crianças sem prejudicar a saúde delas e ainda incentivar os pequenos a brincadeiras saudáveis, podemos lembrar da nossa própria infância, onde tudo era muito criativo e os objetos se transformavam em diversão.

Cordas para pular, para brincar com o cachorro, cobertores eram cabanas, almofadas podiam ser enfileiradas para um corredor misterioso, sem falar das tradicionais brincadeiras que marcaram a infância, esconde-esconde, pega a pega e por aí vai. Mas o que não faltam são sugestões de brinquedos saudáveis e acessíveis. De acordo com Lucas Coppi, coordenador do site cantinhodospapais.com.br, atualmente existem infinitar opções de brinquedos para os pequenos. “Uma grande parte é, sim, eletrônica, mas ainda existe muita coisa ‘analógica’ que pode fazer as crianças muito felizes disponíveis no mercado”, garante.

Brincadeiras saudáveis como as da nossa própria infância protegem as crianças de problemas na saúde no futuro e também oferecem mais segurança. Ficar longe da internet seginifica manter essa época tão bonita e pura incapaz de ser atingida por problemas como a da boneca Momo, que apavorou pais e professores, por exemplo.

Portanto, por mais que seja mais fácil deixar a criança em frente a uma tela, lembre-se: a responsabilidade é sua para que seu filho não seja viciado em tecnologia desde pequeno.

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