SAÚDE DA MULHER

Saiba quais são os tipos de vaginite, tratamento e prevenção

Infecções ou inflamações na vagina são comuns, mas têm tratamento

Quase toda mulher já passou pela experiência nada agradável de sentir as dores de uma inflamação na região íntima, em especial, na vagina. Às vezes, essas inflamações evoluem e se tornam infecções, que são mais preocupantes. Em todos esses casos, as doenças também são chamadas de vaginites, um termo geral e amplo, de acordo com a ginecologista Ana Larissa de Melo Bezerra, do Hapvida Saúde.

Candidíase

A forma mais conhecida de vaginite é a infecção pelo fungo cândida, que cresce na vagina. A especialista explica que as infecções por fungos produzem corrimento vaginal branco e espesso, geralmente, sem odor. Além disso, nesse tipo de vaginite, a vagina e vulva ficam vermelhas e coçam.

Vaginose bacteriana

Outra doença muito comum na vagina é a vaginose bacteriana, mais frequente em mulheres na idade reprodutiva. “Ela é causada pelo supercrescimento de bactérias que, geralmente, estão presentes na vagina, na forma bacteriana dessa região”, esclarece a médica.

Vaginose bacteriana, frequentemente, causa corrimento vaginal leitoso e fino com odor que lembra o cheiro do peixe. Muitas mulheres com vaginose bacteriana não apresentam sintomas e somente descobrem que a têm durante exame ginecológico de rotina.

Vaginite por tricomoníase

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível que é causada por um parasita unicelular. “A tricomoníase pode causar coceira, queimação e sensibilidade na vagina e na vulva, assim como a sensação de queimação ao urinar”, revela a ginecologista. Durante a relação sexual, também costuma haver desconforto por causa das condições em que se encontra a vagina. Muitas mulheres com tricomoníase não desenvolvem sintomas, daí a importância das idas regulares ao consultório médico.

Tratamento

O primeiro passo para o início do tratamento de todos os casos de vaginite é o diagnóstico correto. Cada tipo de vaginite tem um tratamento específico, o que só é possível saber diante de exames médicos ginecológicos regulares. Nos casos em que a doença é causada por fungos, como a candidíase, são utilizados cremes ou óvulos anti-fungos implantados na região interna da vagina.

Já as vaginoses bacterianas são tratadas com antibiótico oral ou tópico, dependendo da avaliação médica. As vaginites causadas por doenças sexualmente transmissíveis precisam de tratamento médico imediato. “É importante evitar contato sexual até que a mulher esteja tratada para prevenir a transmissão da infecção. O parceiro sexual da mulher também precisará de tratamento. Clamídia e tricomoníase são tratadas com antibióticos. Já infecções por herpes genital e HPV não podem ser curadas, mas podem ser controladas com acompanhamento médico e medicamentos”, ressalta Ana Larissa Bezerra.

A vaginite não infecciosa, ou seja, causada pelo uso de algum produto químico que tenha desencadeado reação alérgica, pode ser tratada a partir da simples interrupção do uso desse produto em questão. O médico também pode receitar alguma pomada para ajudar a amenizar os sintomas.

Prevenção

Regiões úmidas e quentes são propícias para a proliferação de fungos e bactérias, por isso, quem sofre com candidíase deve evitar usar roupas que acumulam calor e umidade, como calças jeans muito apertadas e calcinhas de material pouco absorvente, como o elastano.

Produtos químicos, como sprays, espermicidas ou alguns tipos de gel usados nas relações sexuais, devem ser evitados caso a pessoa apresente alguma sensibilidade a um ou a vários componentes da fórmula.

Além de tudo isso, tem o básico, do qual não se deve abrir mão: o sexo protegido e seguro. “Com preservativos, não só se previne vaginites como também outras doenças sexualmente transmissíveis”, conclui a ginecologista.

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