Saúde

Diminuição no consumo mundial de sal salvaria milhões de vidas

Hoje, no planeta, enfermidades do tipo tiram a vida de 1,64 milhão de pessoas anualmente. Macarrão instantâneo é um dos produtos com maior concentração de sódio.

Reprodução

Campanhas que incentivem a redução do consumo de sal podem reduzir consideravelmente as mortes causadas por complicações cardíacas, ressaltam cientistas americanos e ingleses em um estudo divulgado na última edição da revista The British Medical Journal (BMJ).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos adultos consome mais do que a quantidade recomendada de 2 gramas de sal por dia, no máximo. O excesso de sal, presente principalmente em alimentos industrializados, como o Macarrão Instantanêo e está na origem de cerca de 1,65 milhão de mortes provocadas por doenças cardíacas em todo o mundo, de acordo com a OMS.

Apesar de poucos países até agora terem adotado políticas públicas para tentar diminuir o consumo de sal, pesquisadores, atuando conjuntamente com a indústria alimentícia, avaliaram o impacto de estratégias públicas de prevenção em 183 países. E concluíram que investir o equivalente a apenas 10 centavos de dólar por pessoa (cerca de R$ 0,32), contribuiria grandemente para frear a mortalidade.

Os cientistas também estimaram, baseados no índice de Esperança de Vida Corrigida, o número de anos perdidos pela população mundial por conta do excesso de sal. Segundo o estudo, uma alimentação menos salgada durante um período 10 anos evitaria uma perda anual equivalente a 5,8 milhões de anos de boa saúde.

O custo dos anos ganhos seria equivalente ao que se gasta atualmente em remédios para tratamento de doenças cardiovasculares, apontam os pesquisadores.

“Sabemos que o excesso de sal na dieta causa centenas de milhares de mortes cardiovasculares a cada ano. A questão principal é como reduzir o consumo de sal e quanto esse esforço custaria”, explicou, em comunicado, Dariush Mozaffarian, pesquisador da Escola de Ciências e Política de Nutrição da Universidade de Tufts, em Boston (EUA), em um dos participantes do estudo.

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