ELEIÇÕES 2024

Candidaturas ao cargo de vice-prefeita cresceu 21%

Em 2016 a quantidade de mulheres vice-prefeitas chegou a 834. já no ano de 2020, saltou para 927, um aumento de 11%.

A quantidade de mulheres que se tornaram vice-prefeitas chegou a 834 em 2016. (Ilustração Thiago Fagundes/Agência Câmara)

Segundo o Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a parcela de candidaturas de mulheres ao cargo de vice-prefeita cresceu 21% na comparação entre as eleições de 2016 e o pleito de 2020.  Ou seja, representa mais do que o dobro do aumento de participação feminina registrado na disputa para prefeitura e câmaras municipais juntas, de 4 e 6 pontos percentuais respectivamente.

A quantidade de mulheres que se tornaram vice-prefeitas chegou a 834 em 2016. (Ilustração Thiago Fagundes/Agência Câmara)

Ainda de acordo com a informação, em 2020, foram 3.985 mulheres na corrida a vice-prefeitura, o que corresponde a 21,2% do total das candidaturas femininas registradas naquele ano. Nas eleições municipais anteriores, em 2016, 2.867 mulheres disputaram a vice-prefeitura, 17,5% do total de candidaturas de mulheres naquele pleito.

O número de eleitas para o posto também aumentou. A quantidade de mulheres que se tornaram vice-prefeitas chegou a 834 em 2016. Em 2020, saltou para 927, um aumento de 11% nas cadeiras de vice-prefeituras ocupadas por mulheres na comparação entre as duas últimas eleições.

Para se ter uma ideia desse crescimento no país, que também teve reflexo aqui no Maranhão, só na capital São Luís, cinco candidatas concorrem ao cargo de vice-prefeita nas eleições de 2024: Aline Maria pela Federação PSOL/REDE, Creuzamar (PSB), Jaciara Castro (PSTU) Professora Esmênia (PSD) e a subtenente Ana Paula (NOVO).

Essa mobilização de mulheres na política é fruto não apenas de uma conscientização social, mas também de políticas de incentivo à participação feminina, como as cotas para candidaturas. No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. O número de prefeitas e vice-prefeitas eleitas no Brasil, por exemplo, continua baixo em relação à presença masculina, e as chapas formadas exclusivamente por mulheres representam uma pequena fração do total.

Por outro lado, a maior participação feminina sinaliza um movimento que vai além das estatísticas eleitorais. Trata-se de uma luta por reconhecimento, que busca reconfigurar as relações de poder em uma sociedade que ainda privilegia o masculino no espaço público. As mulheres têm mostrado que, apesar das adversidades, são plenamente capazes de gerir cidades e tomar decisões que impactam positivamente a vida dos cidadãos.

À medida que mais mulheres se candidatam e vencem eleições, como no caso dessas sete cidades maranhenses, há um fortalecimento do discurso por equidade e inclusão. A presença de lideranças femininas tende a inspirar novas gerações e abrir caminho para que mais mulheres se sintam encorajadas a participar da vida pública, contribuindo para um futuro político mais diverso e equilibrado.

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