TEMPOS DE PAZ

Milei muda postura e diz que Lula “será muito bem-vindo” na posse

A cerimônia de posse acontece no dia 10 de dezembro.

Milei venceu eleições na Argentina - (foto: Emiliano Lasalvia/ AFP)

Após proferir ataques a Lula em diversos momentos durante a campanha eleitoral para a presidência da Argentina, Javier Milei, agora eleito, mudou o discurso e mostrou abertura para o chefe do Executivo brasileiro marcar presença na posse dele, em 10 de dezembro.

“Se Lula vier, será muito bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil”, disse ele em uma entrevista ao canal argentino Todo Noticias, na noite de quarta-feira (22). A declaração acompanha falas da futura chanceler de Milei, Diana Mondino.

Ela afirmou que gostaria que Lula estivesse na cerimônia e disse que o novo governo vai “convidar Lula para vir à posse”. Diana comentou, ainda, que “o Brasil e a Argentina sempre estiveram juntos e sempre trabalharão juntos”.

As primeiras críticas de Milei contra Lula vieram ainda em 2021, após o nome do petista ganhar força para a corrida presidencial no Brasil em 2022. De lá para cá ele já chamou o Lula de “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”.

Em setembro deste ano, Milei afirmou que Lula era um “socialista com vocação autoritária”, ao dar entrevista à revista britânica The Economist. Ao veículo de comunicação, Milei também deixou claro que seria “complicado ter relações” diplomáticas com o Brasil por isso.

Por outro lado, Lula demonstrava apoio sutil a Sergio Massa, opositor direto de Milei no segundo turno das eleições argentinas, ocorrido no domingo (19). Após a vitória do ultralibertário, Lula parabenizou o novo governo sem citar o nome de Milei.

Depois, afirmou que não tem que gostar do presidente de qualquer país. “Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele, do Estado dele”, disse, na terça-feira (21).

“Nós temos que nos sentar na mesa, cada um defendendo os seus interesses. Como não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia”, acrescentou.

* Com informações do Correio Braziliense

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