INVESTIGAÇÃO

Dino rebate Israel: “nenhuma força estrangeira manda na PF”

O caso se refere à prisão de dois suspeitos de planejar ataques terroristas no Brasil.

Flávio Dino passara por sabatina no Senado Federal devido a sua indicação à vaga no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, rechaçou um suposto uso político da operação que prendeu dois suspeitos de planejar ataques terroristas no Brasil — possivelmente ligados ao Hezbollah — pelo governo de Israel. Em postagem nas redes sociais nesta quinta-feira (9), Dino declarou que aprecia a cooperação internacional, mas rejeitou o uso político da ação e a antecipação de informações pelos israelenses.

O Hezbollah, grupo terrorista com base no Líbano, é um dos grupos envolvidos no conflito entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza. Embora não haja guerra declarada contra o grupo, combates e ataques com mísseis já ocorreram. Na postagem, Dino esclareceu que as investigações no Brasil nada têm a ver com a guerra no Oriente Médio, que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal” e que líderes estrangeiros não podem antecipar resultados de investigações que ainda estão em andamento.

“O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais. Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu o ministro da Justiça em sua conta no X (antigo Twitter).

Ontem (8), uma operação deflagrada pela PF prendeu dois suspeitos de planejarem ataques terroristas no Brasil contra instituições da comunidade judaica. A suspeita é que ambos sejam ligados ao Hezbollah, e que a organização terrorista estaria recrutando brasileiros. A PF atuou em cooperação com a Mossad, o serviço secreto israelense.

Dino frisou ainda que os mandados de prisão cumpridos ontem tiveram origem no Poder Judiciário Brasileiro, e que é dever da Polícia Federal investigar os indícios. As operações da PF tiveram início antes do conflito, que já dura mais de um mês. 

“Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos”, rebateu ainda Dino. Segundo ele, os resultados da investigação da PF, técnicos e isentos, serão enviados ao Judiciário com provas exclusivamente produzidas pelas autoridades brasileiras.

* Com informações da Polícia Federal

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