INVESTIGAÇÃO

“Fortes indícios de genocídio”, diz Flávio Dino sobre os Yanomami

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou abertura de inquérito para apurar o caso.

"Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes", disse o ministro, ao anunciar a medida nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesse sábado (21), por meio das redes sociais, que vai determinar a abertura de um inquérito policial para apurar a situação dos povos indígenas Yanomami, em Roraima.

Segundo ele, “há fortes indícios de crime de genocídio” diante dos “sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”. O ofício deve ser enviado na segunda-feira (23).

Dino esteve em Roraima nesse sábado (21), ao lado do presidente Lula, para ver de perto a situação dos indígenas. O povo da região vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570 crianças por desnutrição e causas evitáveis, nos últimos anos.

Emergência de saúde

Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território indígena Yanomami. A terra é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros.

No ano passado, 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região, segundo divulgado pelo Ministério dos Povos Indígenas. As vítimas foram crianças entre um a 4 anos.

Além disso, em 2022, foram confirmados 11.530 casos de malária na região. Desde a última segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde se encontram no território indígena Yanomami.

Sexta-feira (20), Lula instituiu o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami. O objetivo do grupo é discutir as medidas a serem adotadas e auxiliar na articulação interpoderes e interfederativa.

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