AVALIAÇÃO

PT do Maranhão tem destaque no governo de transição de Lula

Ex-deputado estadual maranhense, Luiz Henrique Lula da Silva que é membro da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, fez uma análise da sua participação nos grupos de trabalho.

O político fez uma análise dos trabalhos concluídos no último dia 13 de dezembro. (Foto: Divulgação)

O governo de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou com a participação de um grupo formado por técnicos e voluntários que elaboraram relatórios e um diagnóstico com base nos dados das contas públicas do Governo Federal; das atividades exercidas pelos órgãos e entidades; da estrutura organizacional da Administração Pública; dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades; de assuntos que requeiram adoção de providências, ação ou decisão da administração no primeiro quadrimestre do novo governo, entre outros.

Entre os maranhenses que integraram todo o processo de elaboração do documento que conta com 23 páginas de sugestões de portarias, decretos e demais atos de Jair Bolsonaro (PL) e de seu governo que devem ser anulados está o ex-deputado estadual Luiz Henrique Lula da Silva que é membro da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Em entrevista a O Imparcial, Luiz Henrique que integrou o Grupo de Transição de Desenvolvimento Agrário como coordenador executivo fez uma análise dos trabalhos concluídos no último dia 13 de dezembro.

“Em 2010 que foi o ultimo período de Lula na presidência do Brasil nós tínhamos um investimento no Ministério de Desenvolvimento Agrário na agricultura familiar um investimento de R$ 4 bilhôes e 600 milhões de reais. No último governo de Dilma Rousseff em 2014 foram R$ 4 bilhões e 780 milhões de reais. Nesse ano que se encerra o governo Bolsonaro, o investimento neste mesmo segmento foi de R$ 325 milhões de reais e para o ano que vem está previsto R$ 89 milhões de reais. Eu falo desses números porque eles dizem muito do que é o estado brasileiro hoje. Um estado sucateado”, avaliou Luiz Henrique.

O ex-parlamentar adiantou que o ministério está sendo recriado e que a partir do dia 1º de janeiro terá uma nova nomenclatura e passará a ser chamado de Ministério do Desenvolvimento Agrário da Agricultura Familiar, vive uma realidade que hoje não difere da área da saúde, da educação, da infraestrutura e de qualquer setor do governo federal.

“Eu entendo que esse período que passamos fora do governo, foi um período que fez muito mal ao país. Fizemos uma regressão. Acredito que isso que trouxe Lula de volta. Quem trouxe Lula de volta foi o pobre, o povo nordestino, o povo da periferia desse país, as mulheres, os negros, os indígenas. Portanto foi esse povo que trouxe Lula de volta para a presidência da República. E em grande medida com esse povo que prioritariamente ele terá esse compromisso”, ressaltou Luíz Henrique.

Sobre de que forma o Grupo de Transição de Desenvolvimento Agrário colaborou com a formação do novo governo, Luiz Henrique que foi Secretário de Estado da Agricultura (Sagrima) no governo Flávio Dino (PSB) afirmou neste segmento o que muda a partir de agora é o olhar político do presidente Lula.

“Com orçamento que Bolsonaro deixou nós chegávamos no máximo até agosto, porque a partir dali não tinha previsão orçamentária. Zero de investimento. Com a PEC da Transição que foi aprovada no valor de R$ 141 bilhões tendo como âncora o pagamento do Bolsa Família, acrescentando R$ 150 reais por criança com até seis anos permitirá um investimento de R$ 80 bilhões para os 32 ministérios em 2023 para que cada um cumpra sua função. Isso lá no Ministério de Desenvolvimento Agrário representará menos de 50% do investimento que foi feito na agricultura familiar para o ano que vem. No último governo Lula o investimento foi de R$ 4 bilhões 680 milhões de reais, agora só conseguimos reservar R$ 1 bilhão e meio e 500 milhões para custeio. É a metade do que era em 2010, mas infinitamente superior aos R$ 89 milhões que Bolsonaro destinou para este segmento”, avaliou Luiz Henrique Lula da Silva.

Participação do PT no governo Brandão

Com relação a participação do PT Maranhão no governo de Carlos Brandão, Luiz Henrique Lula da Silva, acredita que o atual governador tem consciência da importância que o partido teve na sua eleição e as outras legendas de esquerda.

“Nós estamos aguardando a condução que Carlos Brandão dará a formação de seu governo. Ele tem nós dito, não só a mim, mas ao presidente Francimar Melo como ao próprio Felipe Camarão que é seu vice-governador. Ele irá esperar esse governo de transição que se encerra para o governo que se inicia a programação de seu governo. E em fevereiro pós eleição da Assembleia Legislativa ele anunciará a formatação de seu novo secretariado. Nesse momento, ele prospecta qual a expectativa de cada partido. Eu não tenho dúvidas que o papel do presidente lula nas eleições no Maranhão foi primordial. Diante de tudo isso, não vejo o PT com o menor espaço que hoje ele tem no governo. O governador vai esperar a reformatação da esplanada do ministério com aquilo que está repensado. Eu entendo que ele queira criar uma simetria nas indicações do PT com os espaços que eventualmente ocupa no Governo Federal. Obviamente que o PT vai participar sim do governo Brandão”, afirmou o ex-parlamentar.

PT deve lançar um nome para concorrer a Prefeitura

Questionado se o Partido dos Trabalhadores do Maranhão ira lançar um pré-candidato para concorrer as eleições de 2023 para a Prefeitura de São Luís, Luiz Henrique Lula da Silva, afirmou que esse debate ainda não se apresentou entre os membros da legenda.

“Estamos fazendo as coisas por etapas. Os expressivos quadros do PT do Maranhão foram chamados para contribuir com o governo de transição que é uma tarefa que ainda não acabou. Pelo menos os coordenadores da executiva irão voltar para Brasília para discutir os primeiros 100 dias de governo com esses novos ministros e sua equipe, e os primeiros 12 meses de governo. No final do ano tem o Plano Plurianual que é uma tarefa do atual ministro e do governo fazer as propostas para os próximos para os quatro anos seguintes. Mas até lá nós cumpriremos a nossa tarefa no governo de transição que acaba oficialmente no dia 10 de janeiro onde passaremos tudo que conformamos para o novo ministro que precisa conhecer o que discutimos como a estrutura e a plataforma de ação do ministério. Queimada essa etapa iniciaremos uma outra, que é esperar o chamamento do governador Brandão para sabermos que espaços ocuparemos no seu governo. E a partir de março provavelmente iremos discutir essa questão eleitoral”, explicou Luíz Henrique Lula da Silva.

E acrescentou: “Um partido como nosso não pode se furtar de fazer o debate e colocar seus nomes. Hoje eu defendo que o PT lance sim um nome a prefeito, coloque um nome na praça e discuta com o povo de São Luís. Temos nomes que saíram muito bem nas eleições deste ano, apesar do revés que sofremos na Assembleia e na Câmara Federal onde mantemos um deputado federal. E na assembleia nós desaparecemos, não podemos desaparecer de um parlamento como aconteceu. Eu acredito que temos que colocar o nome de um companheiro ou de uma companheira de partido. Eu acredito que a companheira Cricielle, que saiu e foi a mais bem votada entre todos nós e que teve nove mil votos. Vamos colocar o nome de uma companheira mulher, negra, periférica, jovem e com o reconhecido talento na gestão pública pelas experiências que já viveu e com apelo eleitoral”, adiantando que essa é uma opinião pessoal e não do PT que deve reunir o diretório municipal para que o mesmo possa fazer a escolha de forma democrática.

Luiz Henrique que integrou o Grupo de Transição de Desenvolvimento Agrário. (Foto: Divulgação)
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