POLÍTICA

2021: aquecimento para 2022 na política

Com o fator político trazido pelas urnas de 2020, com Eduardo Braide na prefeitura de São Luís, Flávio Dino terá que replanejar as estratégias de curto e longo prazos

Foto: Reprodução

A partir de 2021, o governador Flávio Dino já deve ir cuidando da desmobilização de ações de governo de longo prazo, e, ao mesmo tempo acelerar os projetos de maior envergadura que encontram-se em andamento em são Luís e no interior do Maranhão, que ele precisa entregar antes de deixar o Palácio dos Leões em 2022. 

A outra frente que o governador não vai deixar de lado é o debate nacional sobre a sucessão do presidente Jair Bolsonaro e como os partidos de esquerda e centro-esquerda vão para essa empreitada complexa.

Com o fator político trazido pelas urnas de 2020, com Eduardo Braide na prefeitura de São Luís, Flávio Dino terá que replanejar as estratégias de curto e longo prazos. No curto prazo, o governador terá que agir rápido para impedir aprofundamento de uma crise em sua base aliada, a partir dos desdobramentos das eleições municipais no Maranhão. A posição do senador Weverton Rocha (PDT) e do vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) tem ingrediente para provocar uma combustão ao redor de Flávio Dino.

Os sinais de uma ruptura nada consensual, em razão da futura eleição de governador, estão por toda parte. Flávio Dino não diz uma palavra sobre seu futuro político no pós-mandato governamental. Mas políticos próximos garantem que ele só tem dois caminhos: se desincompatibilizar para disputar a única vaga de senador, ou partir para um projeto nacional fazendo parte de uma chapa majoritária de esquerda para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro. Em que momento isso ocorrerá é, ainda, uma pergunta sem resposta.

Brandão e Weverton dois lados da base

Único candidato definido

O presidente até agora é o único nome definido para concorrer à sua própria sucessão. Portanto, leva a vantagem de estar no cargo, sem o nome mais lembrado por qualquer brasileiro numa pesquisa de opinião e conseguir manter-se como líder máximo da extrema direita brasileira. Por outro lado, a esquerda continua no seu velho modo de fazer a política de cada um por sai – com a dissonância apenas de Flávio Dino que tem gastando tempo e discursos, pregando uma composição das esquerdas, mas também levando o projeto do pacto na direção do centro-esquerda.

Em 27 de julho, quando os partidos estavam na efervescência das convenções, Flávio Dino oficiou ao presidente Jair Bolsonaro, propondo a criação de um Pacto Nacional pelo Emprego, a ser lançado “em caráter de urgência”. O mote é a pandemia do novo coronavírus e a escalada do desemprego no País, o que exigiria uma reunião do presidente da República, governadores, empresários e sindicalistas.

No dia seguinte, no encontro com apoiadores no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro aproveitou para ironizar a proposta de Dino. “Tem governador agora que quer que eu faça um pacto pelo emprego. Mas ele continua com o estado dele fechado”. Ele sempre criticou as medidas dos governadores de fecharem as atividades econômicas no auge da pandemia. Na tréplica, Dino disse no Twitter: “Considera que o desemprego não é assunto a ser tratado com ironias. Espero que o presidente da República leve a sério a urgência de ações efetivas. É impossível tratar do tema no ‘cercadinho’ do Alvorada”.

Vice fortalecido

Já a questão da política doméstica, Flávio Dino viu o desempenho de Weverton Rocha levando o PDT e eleger 42 prefeitos, contra 40 apoiados pelo deputado federal Josimar do Maranhãozinho e 24 do PCdoB. Já o vice Carlos Brandão, que mesmo se resguardando da covid19 durante a campanha eleitoral, relatou em artigo neste fim de semana que o Republicanos saiu das urnas fortalecido, inclusive na capital, onde a disputa do segundo turno do deputado estadual Duarte Júnior perdeu para Eduardo Braide (270,5 mil votos), mas saiu com 216,5 mil votos em sua segunda eleição.

Segundo Brandão, a bancada do Republicanos na Assembleia Legislativa passou de um para seis deputados. Nas municipais o partido conquistou mais de 580 mil eleitores, passamos a ser a legenda com o maior número de votos no estado. “No total, elegemos 25 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 211 vereadores, nos tornando, proporcionalmente, o diretório estadual que mais cresceu no país. Os dados são tão expressivos que, em números absolutos, só elegemos menos prefeitos do que Minas Gerais, que tem 853 municípios contra 217 no Maranhão”, destacou.

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