Como se aproximar do eleitorado diante da crise sanitária da Pandemia?
Pré -candidatos explicam como fazer a campanha em meio ao isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, visto que São Luís, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD), 16% da população não tem acesso à internet
As eleições de 2020 para prefeito e vereador ficaram marcadas na história do Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e também da campanha eleitoral virtual, em decorrência do distanciamento social que o momento pede.
Na disputa pelos votos, os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís estão apostando suas fichas nas redes sociais promovendo lives, que também servem como termômetro, além dos “likes” dos eleitores nas postagens de suas ações. A intenção é ganhar a simpatia dos internautas/eleitores com mensagens inspiradoras, memes engraçados e tentar fortalecer a empatia junto à população.
E foi pensando nessa situação, que o jornal O Imparcial dá continuidade à sua série de entrevista intitulada “A pergunta é…”, direcionada aos pré-candidatos à Prefeitura de São Luís, para que possam responder semanalmente sobre diversos temas inerentes ao cotidiano da Ilha. De todos os entrevistados, apenas o pré-candidato juiz federal, Carlos Madeira (PROS), não deu retorno até o fechamento desta edição. Veja como os demais pré-candidatos responderam à pergunta: “Diante do isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, qual sua estratégia para se aproximar do eleitor, visto que São Luís, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) 16% da população não tem acesso à internet?”
Adriano Sarney (PV)
“Diante do cenário atípico e da necessidade de isolamento social durante a pandemia, intensifiquei os diálogos por meio das minhas plataformas digitais e busquei aproximação com líderes que representam a sociedade civil, tais como, presidentes de sindicatos, associações, líderes comunitários, entre outros segmentos. Através deles pude compreender as dores e as necessidades também daquelas pessoas que não tem acesso à internet por meio de reuniões virtuais utilizando da tecnologia de videoconferências e o resultado foi a minha atuação no parlamento estadual com a apresentação de aproximadamente 50 proposições”.
Bira do Pindaré (PSB)
“Faremos campanha respeitando todas as exigências sanitárias e as restrições estabelecidas pelas autoridades de saúde. Entendemos que a vida é o nosso bem mais valioso e ele vem em primeiro lugar. A democracia é um direito fundamental, mas a vida é prioridade. Nesse sentido, se não foi possível as reuniões presenciais porque geram aglomerações, usaremos canais alternativos, como as redes sociais, a internet, os canais convencionais de comunicação. Enfim, tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para levar a nossa mensagem. Contudo, estou otimista que será possível termos regras mais flexíveis no final de setembro e no mês de outubro, quando a campanha acontecerá. Espero que tenhamos a oportunidade de fazer a campanha de forma presencial, porque eu faço questão de caminhar nas ruas, percorrer os bairros, visitar as feiras, pisando no chão, ouvindo as pessoas e pedindo a elas apenas o voto da consciência e do coração”.