POLÍTICA

Reunião ministerial é alvo de críticas de políticos maranhenses

Após a divulgação do vídeo da reunião do presidente com ministros, parlamentares maranhenses fizeram duas criticas a Jair Bolsonaro em suas redes sociais

Atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.(Foto: Dida Sampaio/Estadão)

Parlamentares maranhenses repercutiram na última sexta-feira (22) e sábado (23) em suas redes sociais a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril comandada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A reunião foi mencionada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal e teve seu conteúdo liberado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). O fato político foi mencionado por políticos do estado que criticaram a postura do presidente que colocou sem freios aquilo que acredita e as bandeiras que defende como forma de se estabelecer como governo.

O governador Flávio Dino (PCdoB) classificou o vídeo da reunião ministerial grave porque, segundo ele: “Confirma a delação de Sérgio Moro; Contém diversos crimes contra a honra; Revela planos de “armar a população” para fins políticos; Mostra inequívocos impulsos despóticos”, afirmou Dino.

Em sua avaliação sobre o conteúdo do vídeo ‘em sua forma e conteúdo, a tal reunião ministerial revela um repertório inacreditável de crimes, quebras de decoro e infrações administrativas’. “Além de uma imensa desmoralização e perda de legitimidade desse tipo de gente no comando da nossa Nação”, afirmou Flávio Dino. O governador ressaltou que todos os presidentes após 1985 enfrentaram investigações e ações judiciais durante os seus mandatos. E que ministros foram investigados e houve operações de busca e apreensão na Câmara e no Senado. “Ninguém ameaçou com ‘intervenção militar’. Só essa gente que atualmente está no poder”, acrescentou o governador.

Flávio Dino alegou que ainda que o presidente Bolsonaro faz uso de “teses e práticas milicianas” ao adotar um sistema paralelo de “informações”, no intuito de armar a população para fins políticos e destruir todas as instituições do Estado, entre eles, os governadores, prefeitos, Supremo, bancos públicos etc. “Há que se destacar que temos hoje mais um elemento nesse cenário de horrores: a declaração do próprio Bolsonaro, feita ontem [sexta-feira], de que pediu a Moro para proteger seus filhos em face de investigações ocorrendo no Rio. Alguém ainda acha que ele falava de ´segurança pessoal´ ??”, questionou Dino.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) também não poupou críticas ao presidente por conta de seus posicionamentos na reunião ministerial. Estarrecedor o conteúdo do vídeo da reunião ministerial divulgada pelo STF. A forma chula, os palavrões e os ataques às instituições revelam um governo que rompeu com a democracia que o elegeu. Tudo deixa claro q o presidente quer as instituições a seu serviço e não do povo”, enfatizou a senadora.

Além do presidente Bolsonaro, Eliziane Gama também fez duras críticas ao ministro da educação Abraham Weintraub solicitando que o mesmo seja demitido da pasta. “É impossível imaginar que o ministro da educação fique no cargo, depois de hoje. Ele deseduca, destila ódio, admite perseguições, usa palavrões e termos chulos. É um comandante de milícias criminosas, não uma autoridade republicana. Para o bem do país, deve ser demitido imediatamente”, enfatizou a senadora.

Já para o senador Weverton Rocha (PDT) disse que a reunião mostra o nível de vulgaridade, incompetência e paranoia que Bolsonaro levou para o governo federal brasileiro. “O vídeo da reunião ministerial não chega a ser surpreendente. Mas é grave ver ministros com tanto desprezo pela democracia e sem respeito a outros poderes e representantes de entes federativos. Revela muito sobre como o Brasil está sendo conduzido e como chegamos ao caos atual”, criticou o senador. Weverton Rocha ainda questionou ainda a situação:

O deputado federal Marcio Jerry (PCdoB) afirmou em suas redes sociais que única coisa que não interessa a Jair Bolsonaro é a pandemia do novo coronavírus e que o mesmos não está nem aí para a situação dos brasileiros infectados. “O vídeo da reunião mostra festival de baixarias, agressões, pregação ilegal, desrespeito ao STF, confirmação de crime de Bolsonaro no caso da PF, instrumentalização da Presidência para finalidades familiares e de amigos da família. Um escândalo, sim. Grave! E descaso com pandemia!”, afirmou o parlamentar em suas redes sociais.

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