OPERAÇÃO RODOVIA

“Raio-X” revela situação das BRs maranhenses

O segundo trecho da BR-222, entre Miranda do Norte e Santa Luzia do Tide, foi apontado como o que apresenta os piores pontos de rodovias do Maranhão

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No período em que muitos saem para passar as festas de final de ano fora da capital ou mesmo quando tem muita gente chegando, via terrestre, é importante ficar atento à segurança no trânsito e às condições de tráfego das rodovias. Na abertura da Operação RodoVida 2019/2020, a Polícia Rodoviária Federal no Maranhão divulgou um diagnóstico das condições dos principais corredores e trechos de rodovias do estado.

Segundo a PRF, “o levantamento visa facilitar a decisão dos usuários quanto à escolha dos melhores trechos de rodovias por onde seguir, a exemplo da segunda metade da BR-316, entre Bacabal e Timon, que se encontra em bom estado, e trechos que devem ser evitados, a exemplo da BR-222, entre Vitória do Mearim e Santa Inês, onde há trechos ainda não reparados pelas equipes do DNIT, que estão atuando na região. O local, recentemente, foi palco de interdição por moradores por conta de buracos na via”. 

Em 2018 a infraestrutura das rodovias e de muitas cidades do Maranhão foi prejudicada pelo maior volume de chuvas dos últimos cinquenta anos, o que levou a problemas como o rompimento sucessivo de trechos na BR-316, que liga Santa Inês a divisa do estado do Pará. Os transtornos foram aumentados em razão do rompimento de alguns açudes e riachos, que não suportaram o maior volume de água e transbordaram, cobrindo trechos da BR-316 deixando desgastado o pavimento da rodovia e provocando atoleiros e engarrafamentos quilométricos.

Raio-X das vias

BR-135 – É a rodovia que começa na capital do Maranhão interligando o norte ao sul do estado e chega a capital mineira, Belo Horizonte. As condições do pavimento da BR-135 são boas até o município de Miranda do Norte (km 125). De lá até a cidade de Peritoró a via alterna trechos bons e outros esburacados. O pior trecho fica entre Matões do Norte (km 135) e São Mateus do Maranhão (km 180). De Peritoró, passando por Dom Pedro, Presidente Dutra, São Domingos do Maranhão, Colinas, Paraibano, até o povoado Orozimbo (entroncamento com a BR-230), existem trechos sensíveis, onde vez por outra ocorrem acidentes.

BR 316 – A rodovia liga Belém/PA a Maceió, capital de Alagoas. A primeira metade da rodovia (de Boa Vista do Gurupi a Bacabal), foi severamente castigada pelo rigoroso inverno de 2018, com rompimentos de açudes e transbordo de rios e riachos provocando erosões, atoleiros e cortes da BR. Equipe do DNIT trabalham no local.  Na segunda metade da BR-316 (entre Bacabal e Timon), o pavimento está em bom estado em quase toda a extensão. A MA-106, que com o uso do ferry boat liga São Luís à Baixada maranhense, encontra-se bastante esburacada

Saiba como está a situação de outras rodovias

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BR 222  e MA-034 – A rodovia corta o país no sentido leste – oeste. Começa em Fortaleza/CE e se prolonga até a região amazônica, em Marabá/PA. No Maranhão, começa no município de Brejo. A BR alterna três trechos em condições diferentes. Na primeira parte, de Chapadinha até o povoado Entroncamento, no município de Itapecuru Mirim (extensão aproximada de 150 quilômetros) o pavimento foi restaurado, exceto próximo a cidade de Chapadinha, que ainda possui uns cinco quilômetros em obras. A BR-222 e a MA-034 formam um dos principais corredores de acesso ao leste maranhense, especialmente a regiões litorâneas do Piauí e do Ceará.

MA-034 – Há buracos a partir de Chapadinha, passando por Anapurus, Brejo, Santa Quitéria e São Bernardo. Mesmo assim continua sendo um importante corredor para os estados vizinhos no sentido leste. Em São Bernardo foi construída uma ponte sobre o rio Parnaíba ligando São Bernardo/MA a Luzilândia/PI. São aproximadamente 14 km de rodovia recém asfaltada ligando uma cidade a outra. O segundo trecho da BR-222, entre Miranda do Norte e Santa Luzia (do Tide) tem os piores pontos de rodovias do Maranhão. O trecho ruim, de cerca de trinta quilômetros, está situado próximo ao Acoque, entre Vitória do Mearim e Santa Inês. A concentração de buracos se encontra entre o km 300 e o km 330. Os reparos já começaram. Entre Santa Luzia (do Tide) e Açailândia/MA o asfalto encontra-se em boas condições de trafegabilidade.

BR-402 – É a rodovia que dá acesso ao Baixo Munim e aos Lençóis Maranhenses. Possui cerca de 200 quilômetros de extensão entre Bacabeira e Barreirinhas, e apresenta trechos com buracos esparsos.

MA-315 – É a rodovia estadual, que liga Barreirinhas a Paulino Neves e a Tutoia. A via possui muitas lombadas e apresenta trechos ainda não recuperados. O asfalto está sendo refeito próximo a Tutoia. O eixo rodoviário formado pela BR-402 e pela MA-315 é atualmente uma das melhores opções para quem viaja para Parnaíba/PI ou Fortaleza.

BR-226 – A rodovia começa na grande Natal/RN, adentra o Maranhão em Timon, corta Presidente Dutra, Barra do Corda, Grajaú e se encontra com a BR-010 em Porto Franco/MA. Segue  pela BR-010 até Estreito, quando adentra no estado do Tocantins. Da divisa com o Piauí, em Timon, até o povoado Baú a estrada não é asfaltada. Do Povoado Baú a Presidente Dutra o trecho apresenta buracos. De Presidente Dutra em diante o trecho melhora. Na área indígena localizada predominantemente em terras de Barra do Corda, Jenipapo dos Vieiras e Grajaú, a região das aldeias é um trecho que eventualmente apresenta conflitos. Nos últimos dias, após reforço da PRF e da Força Nacional, a região zerou conflitos e ocorrências de assalto.

BR-010 – Começa na radial do Distrito Federal e termina na grande Belém/PA. Corta o sudoeste do estado do Maranhão no sentido Estreito, Porto Franco, Imperatriz, Açailândia e Itinga do Maranhão. A BR apresenta boas condições de trafegabilidade, com poucos buracos ao longo do trecho.

BR-230 – A rodovia nasce junto a Fortaleza de Santa Catarina, no Cabedelo/PB. Entra no Maranhão pela cidade de Barão de Grajaú, passa por São João dos Patos, Pastos Bons, São Raimundo das Mangabeiras, Balsas, Riachão, Carolina e segue até Estreito. De Barão de Grajaú até Riachão (470 quilômetros) as condições do pavimento são boas. De Riachão a Carolina o trecho encontra-se esburacado.

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