CASO MARIELLE

Bolsonaro aciona Moro e quer que PF ouça porteiro sobre o caso Marielle

Presidente foi citado no depoimento de um dos porteiros de seu condomínio que depôs no inquérito que investiga o assassinato da vereadora

Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para tratar sobre o caso do porteiro que prestou depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.  O funcionário do Condomínio Vivendas da Barra afirmou que um dos suspeitos do homicídio esteve no residencial onde Bolsonaro tem casa horas antes do crime e disse que iria para a casa do chefe do Executivo.

Bolsonaro afirmou que solicitou a Moro que o porteiro seja ouvido pela Polícia Federal. “Estou conversando com o ministro da Justiça para a gente tomar, via Polícia Federal, um novo depoimento desse porteiro pela PF para esclarecer de vez esse fato, de modo que esse fantasma que querem colocar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez”, disse Bolsonaro em Riade, capital da Arábia Saudita. Ele faz uma visita oficial ao Oriente Médio.

Em live realizada na noite de terça-feira (29/10), Bolsonaro negou as acusações e destacou que estava em Brasília no dia da visita de Élcio ao condomínio e da morte da vereadora. “Fui surpreendido agora há pouco com a reportagem do Jornal Nacional sobre o depoimento do porteiro… Quarta-feira o parlamentar geralmente está em Brasilia. Conclusão que tira disso tudo ai. Esse processo está em segredo de Justiça. Quem vazou isso para a Globo? Segundo a Veja, foi o governador do Rio, Wilson Witzel. Não quero supor nada, bater o martelo. Mas ao que me parece, o porteiro mentiu, ou forçaram ele a dizer isso ai”,  disse Bolsonaro.

O presidente também criticou a TV Globo. “Isso é uma patifaria. Nossa conversa será em 2022. O processo de renovação da concessão será limpo”, declarou ele se referindo ao processo de renovação da outorga de funcionamento da emissora. Procurado pelo Correio, o Ministério da Justiça informou que ainda hoje se manifestará sobre o assunto. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não se pronunciou. O governador do Rio, Wilson Witzel, negou as acusações de ter vazado informações e disse que foi atacado injustamente.

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