à espera de aprovação

Projeto quer proibir utilização de produtos descartáveis em São Luís

A espera de aprovação da Câmara de São Luís projeto segue em discussão nas Comissões de Constituição e Justiça, de Saúde e de Meio Ambiente para que, em seguida, seja encaminhado para votação no plenário e posterior análise do Executivo.

Canudos plásticos podem causar danos ambientais. Foto: Reprodução

Um canudo demora até 200 anos para se decompor de acordo com as pesquisas cientificas realizadas e divulgadas em sites e estudos especializados.  Quando descartados, se desintegram em pequenas partículas, que chegam aos oceanos e acabam engolidas pelos animais. O uso dos canudinhos, sacos, copos e demais utensílios plásticos descartáveis podem estar com os dias contados na capital maranhense.

Um projeto de lei proposto pelo presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), quer proibir a aquisição e a utilização dos descartáveis por estabelecimentos comerciais e no âmbito da administração municipal da cidade.

O projeto de n° 160/2019 ainda precisa ser aprovado pela Casa Legislativa e segue em discussão nas Comissões de Constituição e Justiça, de Saúde e de Meio Ambiente para que, em seguida, seja encaminhado para votação no plenário e posterior análise do Executivo.

Segundo a justificativa do parlamentar, o objetivo é ampliar a discussão e diminuir os danos com o meio ambiente. “Precisamos pensar no futuro das próximas gerações e compreendo a importância de cuidar da natureza enquanto temos tempo e sei do nosso compromisso em ampliar a discussão sobre o tema’’, enfatizou o vereador.

A capital maranhense segue o exemplo do  Rio de Janeiro que foi a primeira capital brasileira a banir o uso de canudos plásticos em quiosques, bares e restaurantes. O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, sancionou o projeto de lei que proíbe a distribuição de canudinhos plásticos em estabelecimentos alimentícios. Na capital fluminense o projeto estipula multa de até R$ 3 mil aos estabelecimentos que descumprirem a lei, valor que pode ser multiplicado em caso de reincidência. Ao invés do plástico, o projeto determina o uso de canudos feitos de materiais biodegradáveis.

Segundo seu artigo primeiro, a lei sancionada “obriga os restaurantes, lanchonetes, bares e similares, barracas de praia e vendedores ambulantes do Município do Rio de Janeiro a usar e fornecer a seus clientes apenas canudos de papel biodegradável e/ou reciclável individualmente e hermeticamente embalados com material semelhante”.

História do uso do canudo

Os primeiros canudos datam de 3.000 a.C.. Eles foram feitos pelas sumérias para evitar os subprodutos sólidos da fermentação da cerveja, que ficavam no fundo do copo. O canudo era basicamente um tubo de ouro enfeitado com pedras preciosas azuis, lembrando a bomba de chimarrão e de tererê utilizada pelos gaúchos.

Em 1800, o canudo de centeio (ou palha) se tornou popular por ser barato e macio. A desvantagem é que ele se desfazia facilmente com o contato com a água e dava sabor de centeio a todas as bebidas. Para resolver esse problema, surgiu o canudo de papel, que, em 1888, foi adaptado e patenteado por Marvin C. Stone.

Com a invenção do plástico, os canudinhos passaram a ser feitos em larga escala com esse tipo de material.

Quantos canudos plásticos você já usou em sua vida? Nos Estados Unidos, são 500 milhões por dia. Mas quem paga essa conta é a natureza.

A vida útil de um canudo é de, em média, quatro minutos – tempo suficiente para você terminar sua bebida. Então pense nisso!

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