ENTREVISTA

Flávio Dino: “Jesus Cristo era mais do Estatuto do Desarmamento do que do decreto de Bolsonaro”

Em entrevista, o comunista também justificou o apoio do PCdoB a Rodrigo Maia (DEM) para a reeleição da Câmara dos Deputados como um diálogo com a direita

(Foto: Mariana Botão/Le Monde Diplomatique)

Em entrevista publicada neste domingo (20) pelo Jornal do Brasil, o governador  Flávio Dino (PCdoB), comentou sobre o atual momento dos partidos de esquerda no Brasil e fez uma breve análise sobre Jair Bolsonaro (PSL) na presidência.

Segundo o governador, embora os partidos de esquerda estejam fragmentados por algumas decisões – como o apoio a Rodrigo Maia (DEM) à reeleição da Câmara dos Deputados, que contou com o PCdoB, legenda de Dino e o PDT; mas foi rejeitado pelo PT e PSOL -, eles irão inevitavelmente acabar unidos quando certos debates vierem à tona.

Ao comentar o apoio a Maia, o pecedebista afirma que participou da decisão e concordou com ela, pois a disputa à presidência da casa não seria de viés ideológico ou político e, embora o partido não concorde ideolíogicamente com Maia, ele tem se mostrado respeitoso e bem comportado para com a oposição. “O histórico dele tem sido positivo, não acredito que ele vá apoiar qualquer coisa que restrinja o papel da oposição até porque seria inconstitucional”, explica.

Ao ser questionado sobre os primeiros dias como presideente de Jair Bolsonaro (PSL), Dino afirmou que chama atenção o fato de ser muito desorganizado. “(É um governo) sem gestão e núcleo de comando, muito atrapalhado. Você vê que em coisas banais eles se enrolam, anunciam uma coisa e não é aquilo, assina e não sabe o que assinou. Até aqui muito barulho, improvisação e ineficácia na apresentação da agenda deles.”

Sobre o desarmamento, o governador do Maranhão foi enfático: “Quando Pedro na narrativa bíblica puxa a espada para enfrentar os romanos, Jesus Cristo disse para ele baixar a espada. Então, Jesus Cristo era mais do Estatuto do Desarmamento do que do decreto de Bolsonaro. Não acredito que em bloco a bancada evangélica vai votar a favor de todo mundo dando tiro no meio da rua”, disse.

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