‘Não usei a toga para tirar adversários do caminho’, diz Dino sobre Sérgio Moro
Governador do Maranhão, que já foi juiz federal, criticou a decisão do juiz da lava-jato de aceitar ser ministro; para Dino, escolha se deu por troca de favores
O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), voltou a usar o tuíter para criticar Sérgio Moro, que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser Ministro da Justiça.
Ex-juiz federal, Dino criticou veementemente o juiz de Curitiba que capitaneou a famosa operação lava-jato, dizendo que “a comprovação de interesses eleitorais na Lava-Jato, além de comprometê-la quanto ao já feito, infelizmente vai gerar suspeitas com relação a casos similares no futuro. Não é apenas Sérgio Moro que perde credibilidade”.
Criticado por alguns seguidores de Moro e Bolsonaro por também ter largado a carreira jurídica para ingressar na política, o governador do Maranhão fez outra postagem hoje: “Algumas diferenças: 1) deixei de ser juiz federal para disputar eleição de deputado federal. Não usei a toga para tirar adversários políticos do caminho; 2) sou governador do Maranhão não por recompensa a favores, e sim pelo voto popular, em 2 eleições disputadas contra Sarney”.
Algumas diferenças:
1) deixei de ser juiz federal para disputar eleição de deputado federal. Não usei a toga para tirar adversários políticos do caminho.
2) sou governador do Maranhão não por recompensa a favores, e sim pelo voto popular, em 2 eleições disputadas contra Sarney— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) November 2, 2018
O juiz federal Sérgio Moro, foi confirmado ontem (1) no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ele ficará no Ministério da Justiça o tempo que desejar e será indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) sob a condição de deixar “um bom sucessor”. A afirmação foi do próprio Bolsonaro, que disse também que não interferirá nas ações dele.
A intenção do presidente eleito é que Moro assuma uma vaga no Supremo. A próxima oportunidade ocorrerá em novembro de 2020, quando o ministro Celso de Mello, decano da Corte, aposenta-se aos 75 anos. Depois, haverá a substituição do ministro Marco Aurélio Mello, que também será aposentado por idade.