SERMÃO AOS PEIXES

Ricardo Murad e mais 10 devem ser encaminhados para Pedrinhas

Também foi decretada a prisão temporária de Emilio Borges, Flávia Georgia, Justino Oliveira Filho, Luciano Almeida, Maria da Conceição, Plinio Medeiros e Waldeney Francisco

Foto: Reprodução

Na manhã desta quinta-feira, 18, a Polícia Federal deflagrou duas fases da Operação Sermão aos Peixes que atuou de forma simultânea com a Operação Peixe de Tobias (6ª Fase) e a Operação Abscondito II (7ª Fase).

As duas fases da operação Sermão aos Peixes aconteceu nas cidades de São Luís/MA, Imperatriz/MA, Parauapebas/PA, Palmas/TO, Brasília/DF e Goiânia/GO. Foi cumprido no total 20 mandados de busca apreensão; 09 mandados de prisão temporária e 02 mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão.

Entre os investigados, está o ex-secretário de saúde, Ricardo Murad (PRP) foi preso nesta manhã. Ele se apresentou à PF enquanto a Polícia Federal cumpria mandados em diversos endereços. Ricardo é cunhado de Roseana Sarney (MDB), ex-governadora do Maranhão, e foi secretário estadual entre 2012 e 2014, no quarto mandato de Roseana.

Além do ex-secretário, também foi decretada a prisão temporária de Emilio Borges, Flávia Georgia, Justino Oliveira Filho, Luciano Almeida, Maria da Conceição, Plinio Medeiros e Waldeney Francisco que estariam, segundo a Polícia Federal, envolvidos com os crimes.

As investigações da Polícia Federal apuraram indícios de que aproximadamente R$ 2 milhões destinados ao sistema de saúde estadual foram desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz (MA). A polícia verificou ainda pagamentos mensais a blogueiros. O desvio aconteceu entre os anos de 2011 e 2013.

A PF apurou indícios de que, entre os anos de 2011 a 2013, aproximadamente R$ 2 milhões destinados ao sistema de saúde estadual foram desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz (MA). A polícia verificou ainda pagamentos mensais a blogueiros.

Foi determinado, ainda, o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor que supera a cifra de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais). A Polícia chegou a encontrar nos endereços a quantia de 13 mil dólares e uma arma de fogo. A investigação contou com a participação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil.

Apagar provas

Nas investigações da operação Abscondito II, a PF apura o vazamento da primeira fase da Operação Sermão aos Peixes reunindo elementos indicadores de que membros da organização criminosa investigada atuaram para cooptar servidores públicos de modo a obter informações privilegiadas sobre a investigação. Diante das informações existem indicativos no sentido da destruição e ocultação de provas por parte da organização criminosa.

Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros visando impedir que fosse decretada a perda de tais bens.

Podem responder

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados.
Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da justiça federal.

Segundo a Polícia Federal, por não ter cela suficiente, todos os presos devem ser encaminhados para o Sistema Penitenciário de Pedrinhas.

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