ELEIÇÕES 2018

Papo-cabeça da política com candidatos movimentou a semana

O papo-cabeça entre os candidatos a governador do Maranhão, terça-feira passada, que teve uma plateia de empresários interessados em ouvir as propostas para arrancar o Maranhão do atraso, a partir de 2019 – sem dúvida um desafio dos maiores, em razão da crise nacional

Evento no SEBRAE reuniu candidatos ao governo do Maranhão (Foto: Cortesia/Nael Reis)

O que viria a ser um papo-cabeça? Depende da ocasião e dos interlocutores. Pode ser tanto uma conversa superficial, amena, despreocupada, quanto relativa a assuntos cultos, entre pessoas inteligentes e com vasta bagagem de conhecimentos. Como conversar sobre política, artes, sociedade, ciência, dentre outros, é papo-cabeça.

Pois esse foi o papo-cabeça entre os candidatos a governador do Maranhão, terça-feira passada, que teve uma plateia de empresários interessados em ouvir as propostas para arrancar o Maranhão do atraso, a partir de 2019 – sem dúvida um desafio dos maiores, em razão da crise nacional.

No auditório do Multicenter Sebrae, estava a nata do empresariado da Indústria, do Comércio, de Serviços e de outros ramos da atividade econômica. Como não se tratava do clássico debate entre candidatos e entrevistadores, as indagações foram individualizadas. Ficou mais fácil tanto para os representantes da produção privada, quanto para os candidatos.

Três dos quatro principais concorrentes do pleito – Flávio Dino (PCdoB), Roberto Rocha (PSDB) e Maura Jorge (PSL) – discorreram sobre os temas que interessam diretamente ao setor empresarial do Maranhão. Roseana Sarney (MDB) comunicou o motivo da ausência: uma virose a fez cancelar sua agenda, de terça-feira, até hoje. Flávio Dino, que lidera as pesquisas de intenção de voto, foi o primeiro a responder sobre os temas suscitados pelos empresários.

Fez relatos sobre o Maranhão que encontrou em 2015. Ajuntou os problemas estruturais e correlatos em todas as áreas do governo. E apontou o modus operandi para atravessar o mar de turbulências da crise, com definição de prioridades, contenção de gastos e compromissos mais urgentes nas áreas de segurança, saúde, rodovias, Porto do Itaqui, educação, segurança pública, apoio aos setores da indústria, da pecuária e da agricultura familiar.

Tudo “num ambiente de transparência e de participação da população”, exemplo dos programas sociais. Dino foi enfático ao abordar a sua política de controle fiscal rigoroso, tema preferido dos interlocutores. Foi com a renovação do sistema de arrecadação que não afundou na crise devastadora.

Disse que o Maranhão perdeu R$ 1 bilhão em transferências federais, o que é impactante para um estado dominado pelos problemas seculares. Dino procurou desmistificar a campanha dos opositores sobre aumento do ICMS, que beneficiaria grandes empresas em detrimento das pequenas. Já Maura Jorge prometeu solucionar o problema do desemprego, sem, porém, aprofundar a temática da política tributária. Por sua vez, Roberto Rocha foi duro nas críticas ao governo e no aspecto da política tributária, a ponto de chamar Flávio Dino de “um Robin Hood às avessas, que tira dos pobres para dar aos ricos”.

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