ELEIÇÕES 2018

OPINIÃO: Senadores quem puder; candidatos tentam viabilizar vitória nas urnas

As eleições para o senado estão emboladas e tudo pode acontecer, como diz o poeta: “inclusive nada”. Sem fidelidade partidária ou de coligação… Senadores quem puder!

Corrida por duas vagas no Plenário do Senado pelo Maranhão é a mais intensa dos últimos anos (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A campanha ao senado tem algo peculiar. As três principais chapas formam seis palanques. O dobro. Nas entrevistas que Sarney Filho tem dado, inclusive na última segunda para este jornal, ele não pede voto para irmã [Roseana Sarney], faz questão de deixar claro que vai “ser um senador para o próximo governador ou governadora”, é o jogo do “tanto faz, comigo dentro…”.

A postura observada na candidatura de Zequinha Sarney se estende aos demais. A afinidade dos postulantes ao cargo se resume a coligação. É uma salada política que as parcerias políticas, conhecidas popularmente como “dobradinhas” são observadas entre os variados espectros da política maranhense, sem o menor constrangimento.

A agenda política do deputado federal Weverton Rocha (PDT), que pretende se eleger senador, pela chapa do governador Flávio Dino (PCdoB) tem mais desencontros do que encontros com sua companheira de chapa, Eliziane Gama (PPS). O prefeito de Codó, Francisco Nagib (PDT), inclusive, declarou apoio ao senador Edison Lobão (MDB) e ao deputado federal Weverton Rocha (PDT), no mesmo palanque, em evento daquela cidade. Vale lembrar, também, que Nagib faz parte do rol de prefeitos que apoiam, publicamente, a reeleição do governador Flávio Dino.

Mas parece que Zequinha não esquentou com o caso. Também manteve alianças com políticos “do outro lado”. Um exemplo simples é o do campeão de votos, Josimar de Maranhãozinho (PR), que declara voto, ele e seu grupo, em Zequinha Sarney, Weverton Rocha e o governador Flávio Dino (PCdoB).

Isso tudo sem ainda ter citado os dois candidatos do PSDB. Zé Reinaldo Tavares, por exemplo, quis viabilizar sua campanha dentro do PSDB, apoiando um candidato ao governo de outro partido. Não deu certo. Tavares, ficou no ninho tucano, mas a respeito de senador, ele e Alexandre Almeida (PSDB) correm para, cada um, viabilizar sua candidatura. Por ter o recall de ter sido governador, Tavares coleciona alianças com prefeitos que, mesmo apoiando o governador Dino, declaram apoio, de gratidão e lealdade, ao deputado Zé Reinaldo.

As eleições para o senado estão emboladas e tudo pode acontecer, como diz o poeta: “inclusive nada”. Sem fidelidade partidária ou de coligação… Senadores quem puder!

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