ELEIÇÕES 2016

PDT espera mais garantias do PSB para viabilizar aliança

A indefinição estaria sendo motivada por resistência ao nome de Roberto Rocha Júnior e na divisão do partido comandado por ele

No que depender do senador Roberto Rocha e do filho dele, vereador Roberto Rocha Júnior (presidente da comissão provisória do PSB na capital), o destino do Partido Socialista Brasileiro nas eleições de outubro em São Luís já estaria definido e o rumo seria a chapa encabeçada por Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Mas pedetistas estariam relutantes por falta de garantias maiores e pela atual situação do PSB.
Existe uma clara divisão na hoste socialista e a causa está na indefinição por candidatura própria ou apoio a algum nome já exposto como pré-candidato. A tendência maior, hoje, é apoiar o prefeito Edivaldo. Mas nem todos no PSB concordam, por ainda defenderem a independência nas eleições.
Nem mesmo Edivaldo e o PDT gostariam de um partido dividido nas opiniões. Existe a possibilidade da ala resistente no PSB não abraçar qualquer parceria, o que faria que menos pessoas do partido trabalhassem pela reeleição do atual prefeito. Isso não seria bom para ele e representaria o primeiro entrave de aceitação por parte de quem busca apoios – o PDT.
Maiores garantias
Se não puder bancar o PSB na totalidade na campanha e na defesa do nome de Edivaldo, Roberto Rocha terá que buscar alternativas fora do partido. E aí está outro entrave, pois, qualquer trunfo que ele apresente, precisa ter consistência e valor agregado a curto prazo (primeiro turno) ou médio prazo (segundo turno).
Essas garantias externas podem pesar muito na definição do PDT em aceitar o apoio do PSB, mas podem ser também um risco de contar com o que pode não acontecer ou não vir. Um exemplo é a possibilidade de apoios, no segundo turno e em um eventual segundo governo, de partidos que fiquem fora do arco de alianças nesta primeira composição. Roberto Rocha poderia intermediar esses apoios, principalmente com os partidos cujas lideranças são pessoas próximas a ele.
Rejeição
Outro fator a ser levado em consideração é uma possível rejeição do nome (ou sobrenome) de Roberto Rocha. As críticas abertas feitas pelo senador, quando ainda era vice-prefeito, ainda pesam no relacionamento, segundo pessoas próximas no convívio tanto de Edivaldo como de Roberto.
Talvez, por isso, o PSB não esteja reivindicando – não abertamente – o posto da vice-prefeitura. Eles tratam apenas como diálogo por um projeto de parceria, a exemplo do que aconteceu em 2012. “Temos conversado [com o prefeito Edivaldo]. Não estamos impondo nenhuma condição, mas evidente que, se a tendência é repetir a coligação de 2012, o PSB participa da chapa”, afirmou Roberto Rocha Júnior.
Nas últimas eleições municipais, Roberto Rocha se bancou como vice e foi aceito. Desta vez, parece querer bancar o filho. Para, de certa forma, repetir as últimas eleições municipais (onde o grupo encabeçado por Edivaldo Holanda Júnior, Roberto Rocha e Flávio Dino saiu vitorioso), o senador tem deixado o filho livre para conversar com o atual prefeito. De acordo com nomes de dentro do PSB, ao que parece, Edivaldo se mantém meio cauteloso em relação ao tema – para não dizer receoso.
Resistência
O campo baixo do PSB, formado por movimentos sociais e algumas lideranças, ainda luta pelo que chamam de independência partidária, onde os socialistas possam indicar e brigar por uma candidatura própria.
Um membro do partido, defensor da candidatura própria, disse que, mesmo que o PSB coligue com a chapa encabeçada por Edivaldo Júnior, a resistência não irá desmobilizar. O próprio deputado Bira reafirmou a luta pela candidatura própria. “A candidatura continua firme e forte, com o apoio da militância e do diretório estadual do PSB. Não há qualquer discussão sobre composição com qualquer outra candidatura, seja ela qual for. O nosso foco é a candidatura própria do PSB como orienta a direção nacional”.
Apesar da clara resistência do campo baixo do PSB e de relativo apoio dado a eles, a direção estadual tem evitado o assunto.
Versão PDT
Do lado pedetista, a interpretação é mais amena. Segundo o presidente do diretório estadual, deputado federal Wevérton Rocha, a definição será feita mediante análise da composição. “O vice será escolhido entre os nomes e siglas que mais agreguem ao projeto. Nos próximos dias, decidiremos a questão”, sentenciou o deputado.
Outra fonte do partido disse que não há resistência a qualquer nome. A indefinição em acolher o apoio do PSB seria motivada pelo fato do diretório estadual e municipal do PDT ainda não ter se reunido para decidir todas as diretrizes das eleições. “Não existe resistência, mas todas as decisões têm que passar pelo diretório”, informou a fonte.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias