O JOGO POLÍTICO

Partidos começam a definir rumos para as eleições 2016

Alguns partidos já se decidiram; outros precisam de alguns acertos; há, também, quem ainda esteja se preocupando em que rumo seguir

Quem ainda não tinha se decidido que rumo seguir tem que fazer isso já. O tempo corre, e os partidos precisam definir suas alianças com outras siglas e posicionamento nas eleições majoritárias e proporcionais.
Na lista de São Luís, alguns partidos já estão com tudo encaminhado; outros ainda precisam de alguns acertos; há, também, quem ainda esteja se preocupando em que rumo seguir.
Entre os chamados grandes, apenas o PSB está indefinido – apesar de ser quase certa uma adesão à aliança já existente. A maioria só está esperando a definição final da composição da coligação a que aderiu e como será o discurso a ser adotado.
Coligação Partidária
Consiste na união de dois ou mais partidos que apresentam os seus candidatos em conjunto para uma determinada eleição. Perante a Justiça Eleitoral, uma coligação funciona como apenas um partido, tendo os mesmos direitos e deveres dos partidos políticos isolados. Depois de ser estabelecida uma coligação, nenhum dos partidos integrantes pode atuar isoladamente.
As coligações partidárias podem ser formadas só para a eleição majoritária (que elege pessoas para o cargo de prefeito e vice-prefeito), só para a eleição proporcional (cargo de vereador) ou para as duas. Um partido que esteja coligado a outro/s na eleição majoritária, pode indicar candidatos isoladamente nas eleições proporcionais. Da mesma forma, partidos que estejam coligados a outros nas eleições proporcionais também podem apontar candidatos isolados nas eleições majoritárias.
De acordo com a lei 13.165 de 29 de Setembro de 2015, os partidos políticos devem escolher os seus candidatos e decidir as coligações que serão feitas até o dia 5 de agosto do ano das eleições.
Onde é definida a coligação partidária?
A possibilidade de uma coligação partidária é decidida pelos partidos na convenção partidária, em que o partido decide quais os seus elementos que serão candidatos. A convenção municipal é o ato de escolha de candidatos para os cargos de prefeito e vereadores. É impossível uma pessoa ser uma candidata nas eleições municipais se não for escolhida em convenção partidária.
PT

“Mário Macieira será nosso comandante nesta disputa “, Florisvaldo Sousa, diretor nacional do PT

O Partido dos Trabalhadores alimenta o desejo de ocupar um posto no cenário eleitoral de São Luís. Para isso, espera que o advogado Mário Macieira, sua indicação para vice na chapa encabeçada por Edivaldo Holanda Júnior, seja aprovado. Caso contrário, a composição na chamada ‘chapona’ pode ser mudada.

PMDB
Entre idas e vindas que não acabam sobre o rumo a seguir, o PMDB ainda garante candidatura própria com o vereador Fábio Câmara. Ele tem dividido opiniões dentro do partido, algumas vinculadas com divergências entre alas peemedebistas. A tarefa de Fábio é se sustentar até a convenção. Se conseguir, terá mais gente em sua defesa que no ataque. O problema é se terá partidos aliados.
PCdoB
Dono do posto de maior comando no Estado, o Partido Comunista do Brasil não quis entrar na briga pela capital. Abriu espaço para reeleição de Edivaldo, apoiando ele. Mais que isso, abdicou da vaga de vice na chapa encabeçada pelo PDT. Cedeu lugar ao PT, mas pode ver o PSB assumir o posto. Não pretende entrar nesta briga, mas a aliança PCdoB-PDT deve sofrer alguns abalos.
PSDB
O Partido da Social Democracia Brasileira vai apoiar Eliziane, após deixar, para trás, três nomes de uma candidatura própria: Neto Evangelista, João Castelo e Sérgio Frota. Curiosamente, nenhum dos três figura como possível candidato a vice, vaga assegurada na chapa. Os nomes mais prováveis são o suplente de senador Pinto Itamaraty e dos vereadores José Joaquim e Eidimar Gomes.
PDT

“O vice será escolhido entre os nomes e siglas que mais agreguem ao projeto. Nos próximos dias, decidiremos a questão”, Weverton Rocha, presidente estadual do PDT

O Partido Democrático Trabalhista já tinha bem clara sua posição desde quando o atual prefeito da capital, Edivaldo Holanda Júnior, assinou a ficha de fi liação no dia 28 de agosto de 2015. Além de ter reassumido a gestão em São Luís, o PDT trazia um plano de manutenção de crescimento e isso passa pela reeleição de Edivaldo. Quinze partidos já aderiram a ideia.

“Não há nenhuma resistência a qualquer nome que seja, desde que esteja no arco de alianças do prefeito “, Osmar Filho, vereador

PP
Após todo embaraço provocado pelas posturas do deputado federal Waldir Maranhão, quando esteve à frente da Câmara dos Deputados, o Partido Progressista mudou de direção no estado e na capital. Conseguiu fi liar o deputado Wellington do Curso, que desponta como a terceira via nas eleições majoritárias e deve ser lançado como candidato, mesmo que o PP não coligue.
PPS
O Partido Popular Socialista quase perde sua candidatura própria. Desde quando foi encerrado o primeiro turno de 2012, uma nova tentativa da deputada federal Eliziane Gama em 2016 era dada como certa. Só que ela poderia estar indo para o pleito por outro partido, a Rede. Na janela partidária do início do ano, ela decidiu regressar ao PPS. Tem, até o momento, o apoio de cinco partidos – entre eles a própria Rede – e um possível engajamento de líderes nacionais do PPS.
PSB

“A candidatura continua firme e forte, com o apoio da militância e do diretório estadual do PSB “, Bira do Pindaré (PSB), deputado estadual

O Partido Socialista Brasileiro é o único dos grandes que nunca sinalizou com sua real intenção – e olha que ele já chegou a ser o primeiro a ter sua definição bem encaminhada, quando os movimentos sociais do partido pediram o deputado estadual Bira do Pindaré como candidato. Uma guerra de forças interna impediu uma candidatura própria e hoje o partido caminha para uma coligação no chapão de Edivaldo Holanda Júnior, podendo, inclusive, beliscar, o posto de vice. Mas isso vai render bastante até a convenção do PDT. O PSB pode até mudar o rumo na última hora.

“Temos conversado com o prefeito Edivaldo. Não estamos impondo nenhuma condição, mas evidente que, se a tendência é repetir a coligação de 2012, o PSB participa da chapa”, Roberto Rocha Júnior, presidente comissão provisória municipal

PV
O Partido Verde chamou atenção no período de pré-campanha por realizar o primeiro teste de propostas para os pré-candidatos ventilados até então. Sem nomes para lançar, o PV pretende apenas apoiar algum dos que estão aí. Não defi niu ainda, mas pode ser melhor acolhido por PP (Wellington do Curso), PPS (Eliziane Gama) ou PMDB (Fábio Câmara), o mais provável que aconteça.
PTB, PROS, PEN, PSD, PSL, PRP, PRB e DEM
Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Republicano da Ordem Social, Partido Ecológico Nacional, Partido Social Democrático, Partido Social Liberal, Partido Republicano Progressista, Partido Republicano Brasileiro e Democratas. Todos estes partidos possuem algo em comum: estão divididos entre grupos políticos. Próximos ao Grupo Sarney, eles vão apoiar Edivaldo Holanda Júnior, do grupo de Flávio Dino.
PMN e PPL
O Partido da Mobilização Nacional vai ter candidatura própria. O candidato será o deputado estadual Eduardo Braide, que, mesmo sem nenhum apoio declarado até o momento, acredita que pode fazer frente aos nomes que estão nos grandes blocos partidários.
O Partido Pátria Livre ainda está na briga pelo peso do sobrenome do seu pré-candidato, Zeluis Lago, irmão do ex-governador Jackson Lago. Mas o médico ainda precisa melhorar muito suas intenções de voto.
Rede, PMB e NOVO
Partidos recém-oficializados pela justiça eleitoral, a Rede Sustentabilidade, o Partido da Mulher Brasileira e o Partido Novo ainda estão se fi rmando no meio político. O PMB é o único que deve ganhar maior destaque com a candidatura própria, sendo puxada pela vereadora Rose Sales. Só que o mais famoso é a Rede, criado por Marina Silva, que garantiu apoio a Eliziane Gama.
PRTB
Chama atenção a posição do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro. Ele foi anunciado por dois pré-candidatos em suas respectivas coligações. O primeiro foi Edivaldo Holanda Júnior. Mais recente, Eliziane Gama. O interessante é que o partido tem uma vaga na Câmara Municipal.
PTC, PSC, PSDC, PR, PTN, PHS e SD
Os Partido Trabalhista Cristão, Partido Social Cristão, Partido Social Democrata Cristão, Partido da República, Partido Trabalhista Nacional, Partido Humanista da Solidariedade e Solidariedade são partidos conhecidos no cenário nacional, mas sempre frequentando o campo intermediário. Sem nomes bons – o único que podia se orgulhar era o PTC, que tinha Edivaldo Júnior –, eles vão apenas compor em chapas. PTC, PSC e PSDC vão na chapa do atual prefeito. O PR pode seguir o mesmo caminho. Já PTN, PHS e SD estão indefinidos.
PTdoB, PSOL, PSTU, PCB e PCO
Denominados como partidos de esquerda e ultraesquerda, os Partido Trabalhista do Brasil, Partido Socialismo e Liberdade, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, Partido Comunista Brasileiro e Partido da Causa Operária vão sofrer nestas eleições. Sem tempo na TV e no rádio, com menos recursos para campanhas, eles devem ser pouco notados. Apenas o PSOL e o PSTU devem lançar candidaturas próprias, como sempre, em sinal de protesto.
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