EFEITO WALDIR

Waldir articula para se manter no cargo; Dino nega convite para governo

Aliados garantem que ele não deixará o cargo de vice-presidente da Câmara. E que conseguirá unir diversos partidos em torno de seu nome.

O deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) teria recebido um ultimato para renunciar ao cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados, posição que fez dele presidente interino da Casa, após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB).
Câmara dos Deputados

Mas ele insiste em ficar. E nesta quarta trabalha em forte articulação para se manter no cargo, em Brasília. Foi a casa do presidente afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De lá saiu disposto a não renunciar. Por isso, aliados garantem que ele não deixará o cargo de vice-presidente da Câmara. E que conseguirá unir diversos partidos em torno de seu nome para que tudo permaneça como está.

” Tal possibilidade é mera especulação. Deputado Waldir não pleiteou ser secretário e nem o Governador o convidou para tal”, Márcio Jerry Barroso, secretário de Comunicação e Articulação Política

O deputado teria pedido um prazo até a próxima semana, para vir a São Luís consultar o governador Flávio Dino (PCdoB), que teria lhe oferecido um cargo de secretário de estado para que pudesse se licenciar do mandato de deputado e evitar o processo.
Entretanto, o secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Barroso, (PCdoB) negou que o deputado assuma qualquer posto no governo Flávio Dino. “Tal possibilidade é mera especulação. Deputado Waldir não pleiteou ser secretário e nem o Governador o convidou para tal”, assegurou.

Renúncia ou cassação

A renúncia o livraria de um processo de cassação de mandato no Conselho de Ética da Câmara, além da expulsão do partido. A relação de Waldir Maranhão com PP sofreu abalo desde que ele votou contra a admissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando a determinação da sigla. A situação agravou-se quando ele, na condição presidente interino, anulou a sessão que aprovou o processo de impeachment a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) na última segunda-feira, dia 11. Decisão revogada pelo parlamentar no mesmo dia.
Ainda ontem, dia 10, líderes partidários resolveram recusar o pedido de Waldir Maranhão para que esperassem até a próxima semana, e concederam mais um dia de prazo.
Presidente interino esperava que a renúncia saísse dos holofotes com a votação no Senado do para afastamento da presidente Dilma Rousseff, e a consequente posse de Michel Temer na Presidência da República.
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