EFEITO WALDIR
Opinião: Waldir, o menino da fogueira de São João
Waldir Maranhão (PP) age como um menino que desafia a fogueira de São João. Joga gasolina numa chama perigosa e alta. Brinca com fogo e erra na dose.
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Ao decidir anular as sessões do impeachment, Waldir Maranhão (PP) age como um menino que desafia a fogueira de São João. Joga gasolina numa chama perigosa e alta. Brinca com fogo e, por não conhecer a gravidade dos seus atos, erra na dose. Agora corre o risco de sair torrado do processo. A essa altura, sua reputação política está em chamas.
Ele é mais um integrante do baixo clero do Congresso Nacional. É reconhecidamente volúvel em termos de política partidária e ideológica. E não detém respeito suficiente de seus colegas. É, resumindo, um deputado sem expressão, sem força e sem credibilidade. Um privilegiado transitando entre os pesos-pesados da política nacional.
Por isso, de saída, sua trajetória política obstacula de maneira natural qualquer possibilidade de validação de suas decisões como presidente interino da Câmara dos Deputados. Depois de ontem, dissipou-se qualquer mínima chance antes existente dele permanecer no cargo.
A decisão – monocrática, diga-se de passagem – desperta a ira dos colegas que, durante três dias, votaram em maioria esmagadora pela admissibilidade do impeachment. A jogada de Waldir constrange 367 deputados, todo o Senado Federal e Câmara e milhares de eleitores. E o resultado é claro: o agravamento da instabilidade política que paralisa o país.
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