EDITORIAL

Opinião: Waldir, Edmar, Thiago e a ética da malandragem

Na política brasileira, a regra é o conchavo, a troca de favores. O resultado dessa mentalidade amoral é um ganha-ganha à custa do dinheiro público.

Homens públicos maranhenses, nesta semana, simbolizam o que há de mais atrasado na moralidade institucional e pública. Perdemos a noção? A pergunta é pertinente. Não, não perdemos a noção. Porém, alguns homens públicos, sim. Ou perderam ou nunca a alcançaram.

“Não é tempestade. É uma mentalidade tacanha, incompatível com a dignidade geral da nação.”,

O que dizer de um deputado que, para salvar seu próprio umbigo, tenta derrubar um ‘golpe’ com outro ‘golpe’, à revelia das instituições, dos colegas e da opinião pública? Como classificar um conselheiro de contas – pago de forma vitalícia para fiscalizar o dinheiro público – considerar ‘tempestade em copo d´água’ um ‘fantasma’ que ganha R$ 7,5 mil por mês sem prestar qualquer serviço?
Na política brasileira, a regra é o conchavo, a troca de favores. O resultado dessa mentalidade amoral é um ganha-ganha à custa do dinheiro público. Thiago, o filho de Waldir Maranhão, não estava no gabinete do conselheiro Edmar Cutrim, no TCE, de graça. Trocaram favores. Ambos sabem como a roda gira. E há muito procuraram dançar conforme a música.
Agem guiados pelos próprios interesses. Quando são pegos com a boca na botija, a reação demonstra uma absoluta falta de noção, respeito e moralidade: “É tempestade num copo d´água”. Não é tempestade. É uma mentalidade tacanha, incompatível com a dignidade geral da nação. Mas, para eles, um trâmite normal, necessário e corriqueiro. Alguns acreditam, inclusive, que é ético. Porque seguem o código de ética da malandragem.
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