STF

Ministro do Supremo nega pedido para suspender votação do impeachment

Na petição, protocolada ontem (16), Lopes alegou que a Casa deveria suspender a sessão para analisar, ao mesmo tempo, o processo contra a presidenta e um contra o vice-presidente Michel Temer, que ainda não foi aberto

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, há pouco, mandado de segurança protocolado pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para suspender a sessão da Câmara dos Deputados que está analisando a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Na petição, protocolada ontem, dia 16, Lopes alegou que a Casa deveria suspender a sessão para analisar, ao mesmo tempo, o processo contra a presidenta e um contra o vice-presidente Michel Temer, que ainda não foi aberto.
“Descabe a paralisação do processo de impedimento instaurado contra a chefe do Poder Executivo, considerada a denúncia formalizada contra o vice-presidente da República. No caso, há de observar-se a autonomia das apurações e dos atos praticados pelos agentes políticos”, decidiu o ministro.
No dia 5 de abril, o ministro determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitasse pedido de abertura de processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer.
O pedido foi protocolado pelo advogado Mariel Marley Marra, de Minas Gerais. De acordo com o advogado, há indícios de que Temer cometeu crimes de responsabilidade. O advogado tinha feito o mesmo pedido à Mesa da Câmara dos Deputados, mas a abertura foi rejeitada por Cunha (PMDB-RJ). Na semana passada, sete dos 25 partidos com representação na Câmara indicaram nomes para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment do vice-presidente.
Após a decisão do ministro, a Mesa da Câmara recorreu à Corte e alegou que Temer não pode responder por crime de responsabilidade, porque sempre assumiu a Presidência da República eventualmente, na ausência de Dilma Na semana passada, a Câmara apresentou o primeiro recurso contra a decisão do ministro.
Os advogados da Câmara também argumentam que o vice-presidente não pode ser responsabilizado pelos decretos que assinou sobre abertura de créditos suplementares. Segundo os advogados, Temer apenas deu continuidade às “iniciativas da presidente”.
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