CAPITAL FEDERAL

Brasília revisitada

Esta foi uma semana diferente. Voltei a fazer uma das coisas de que mais gosto na vida: entrevistar. Mais do que isso: ouvir, conhecer, saber mais sobre o outro. Não há nada melhor no jornalismo do que ser perguntadeira e ouvinte atenta. Recebi, para um bate-papo aqui no Correio, Maria Elisa Costa, filha de Lucio […]

Esta foi uma semana diferente. Voltei a fazer uma das coisas de que mais gosto na vida: entrevistar. Mais do que isso: ouvir, conhecer, saber mais sobre o outro. Não há nada melhor no jornalismo do que ser perguntadeira e ouvinte atenta. Recebi, para um bate-papo aqui no Correio, Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, o homem que gentilmente nos cedeu toda a sua genialidade transformada em um projeto fantástico – este mesmo chamado Brasília. Com Dad Squarisi, Conceição Freitas, Cristine Gentil e o colaborador Silvestre Gorgulho, engatamos uma conversa interessantíssima, que acabou migrando para as páginas do jornal.
Bom ouvir Maria Elisa. Sua verve e compromisso primeiro com a liberdade falar o que quer e bem entende, sobretudo sobre Brasília, não mereciam ficar restritos àquela sala fechada. Precisamos dar publicidade às boas ideias, às boas conversas, às opiniões francas e livres. Simples, precisa e cortante, ela falou da cidade. Despediu-se dizendo que, com a posse do “crachá do Lucio”, sente-se muitíssimo à vontade para criticar quem quer que seja em nome da preservação da capital.
Brasília também foi objeto de longa e fraterna conversa com uma mulher de forte presença, que já trabalhou nas áreas de saúde e de cultura, inclusive no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nos governos local e federal, formada em serviço social e em educação artística, com especialização em gestão de sistemas e serviços de saúde. No vasto currículo, trabalhos interessantíssimos, como o resgate biográfico da psiquiatra Nise da Silveira para compor uma mostra do Ministério da Saúde.
Trabalhadeira, a menina de Teófilo Otoni chegou a Brasília para crescer com ela. Lembra-se de ver os tanques da ditadura chegando à UnB e de muitas outras passagens importantes de Brasília. Crítica à política tradicional, tem voz ativíssima em casa. Mãe de três filhos, agora ela tem um marido governador. Sim, ela é a primeira-dama do DF. Márcia Rollemberg, na verdade, é mais do que isso, como você pode ler em entrevista publicada hoje na editoria de Cidades. Crítica à Câmara Legislativa e às invasões, reconhece o caos na saúde pública e confessa: não imaginava que governar Brasília fosse uma cruz tão pesada. Certamente, ela vai ajudar Rodrigo Rollemberg a transformar esse fardo num privilégio.
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