O PROCESSO

Polícia conclui inquérito e PM é indiciado pelo assassinato da ex-esposa

A delegada afirmou que o homem não admitiu ver que a ex-companheira estava seguindo sua vida e resolveu tirar a vida dos dois

Reprodução

No dia 25 de janeiro ocorreu o primeiro crime de feminicídio de São Luís, mas a Polícia Civil só concluiu o inquérito do caso na última segunda-feira (3), que deve seguir agora para o Tribunal de Justiça, onde deve correr o processo.

O soldado da Polícia Militar Carlos Eduardo Nunes Pereira, de 25 anos, assassinou Bruna Lícia e o suposto amante dela, José Willian, em um apartamento no Condomínio Pacífico I, no bairro Vicente Fialho, em São Luís.

Em coletiva na manhã desta terça-feira (4), a Delegada Viviane Fontenelle esclareceu as dúvidas restantes sobre o caso.

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Crime passional ou feminicídio?

O crime cometido pelo policial foi enquadrado como feminicídio e violência doméstica. A delegada afirma que chamar um crime de ‘passional’ é romantizar a violência contra a mulher.

O homem não admitiu ver que a ex-companheira estava seguindo sua vida com uma outra pessoa e resolveu tirar a vida dos dois, e não crime passional.

Declarou a Delegada Viviane

A separação

O inquérito apurou e reuniu vários prints de conversa entre Bruna e suas amigas. Foi constatado que o relacionamento tinha chegado ao fim pelo próprio policial, uma semana antes, no sábado, dia 18.

Durante a semana, na quinta-feira (23), Carlos Eduardo tentou reatar e queria dar mais uma chance ao casal, mas Bruna não quis voltar e o relacionamento teria realmente chegado ao fim.

As amigas até custaram a acreditar, porque eles eram muito juntos e ela (Bruna Lícia) disse: “é verdade, estou solteira”.

O casal não tinha mais a convivência debaixo do mesmo teto.

Segunda a Delegada do caso

Carlos já tinha tirado todas as suas coisas do apartamento, houve uma diligência no local e foi verificado que realmente não havia roupas ou objetos pessoais dele.

O crime

Após sair mais cedo do trabalho, Carlos Afirma que foi ao apartamento de Bruna para convidá-la para o almoço de aniversário do pai. Ele entrou no apartamento com cópia da chave que possuía.

Após entrar no apartamento, ele encontrou um amigo de Bruna que estava na sala. Segundo a testemunha, estava ele, Bruna e José no local, eles teriam pedido comida e o casal foi para o quarto enquanto aguardavam a entrega. Foi nesse momento que o policial chegou e se dirigiu ao quarto.

Ao adentrar o quarto, Carlos teria se deparado com os dois despidos e começou uma agressão a Bruna. A Delegada afirma que não houve o ataque dos dois ao policial. Nesse momento, José teria se afastado e encostado na parede. Após a luta corporal entre Bruna e Carlos, este teria puxado a arma e atirado em ambos.

Ele então ligou para o seu tio que é sargento da polícia e teria entregue a arma. Em seguida, o policial foi levado para a Superintendência Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

O processo

O inquérito foi finalizado na tarde desta segunda-feira (3), e encaminhado para a Justiça. O Ministério Público deve denunciar Carlos Eduardo pelo duplo homicídio qualificado por motivo fútil e por feminicídio referente a Bruna Lícia.

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