ALERTA

80% dos roubos em São Luís são de celulares

Sem dados exatos, polícia estima que a maioria dos crimes de assaltos na capital tem como finalidade roubar celulares. Aparelhos recuperados ficam nas delegacias

Polícia do Maranhão está usando a tecnologia para dar combate ao crime e assim enfrenta os furtos e roubos de aparelhos de telefonia celular, que em nossa capital, atinge níveis alarmantes.

A princípio era tratado como um crime de menor potencial ofensivo, visto o baixo custo da maioria dos aparelhos, geralmente tomados durante assaltos a transeuntes ou usuários do sistema de transporte coletivo. A polícia não tem números exatos dos furtos e roubos de aparelhos de telefonia celular, na capital, mas estima que cerca de 80% dos crimes desta etiologia se refere aos celulares.

CELULARES QUE SÃO RECUPERADOS FICAM NAS DELEGACIAS À DISPOSIÇÃO DO DONO

Os assaltos acontecem em pontos diversos da cidade e isto faz com que as informações fiquem pulverizadas com os registros das ocorrências nas delegacias distritais, visto que a Delegacia de Furtos e Roubos é uma especializada que cuida apenas de crimes cujo valor do objeto do furto ou roubo seja de vinte salários mínimos, ou superior.

A delegada Adriana Amarante, adjunta da Delegacia Geral da Polícia Civil, garante que a maioria dos casos de subtração de telefones celulares está sendo elucidada por investigadores especializados que realizam o rastreamento dos telefones e conseguem a localização e recuperação dos aparelhos.

CELULARES QUE SÃO RECUPERADOS FICAM NAS DELEGACIAS À DISPOSIÇÃO DO DONO

Ela alerta para o fato das vítimas se limitarem apenas a fazer o registro do Boletim de Ocorrência e não mais se interessam em acompanhar as investigações. Assim, muitos aparelhos são recuperados e ficam nas delegacias sem serem reclamados pelos proprietários, visto que em face do telefone ter sido furtado ou roubado, o delegado não tem como avisá-lo.

Assim, ela afirma que as pessoas vitimadas pelos ladrões de celulares devem buscar informações na delegacia onde fazem o registro do Boletim de Ocorrência, já que a polícia tem instrumentos para elucidar o crime e recuperar o objeto subtraído.

Vítimas contam experiência de roubos em ônibus

A es­tu­dan­te Ma­ria da Gló­ria, de 19 anos, foi ví­ti­ma du­as ve­zes de as­sal­tan­tes, que le­va­ram apa­re­lhos ce­lu­la­res de­la. Um dos cri­mes foi pra­ti­ca­do den­tro de ôni­bus do trans­por­te co­le­ti­vo e o ou­tro quan­do tran­si­ta­va pe­lo bair­ro do João Pau­lo, re­tor­nan­do pa­ra ca­sa.

Ela dis­se que os as­sal­tan­tes dos ôni­bus en­tram co­mo pas­sa­gei­ros co­muns e, em­pu­nhan­do ar­mas de fo­go ou bran­ca, in­ti­mi­dam os pas­sa­gei­ros e to­mam bol­sa das mu­lhe­res, car­tei­ras dos ho­mens, mas dão pre­fe­rên­cia mai­or por te­le­fo­nes ce­lu­la­res.

Ma­ria foi à Po­lí­cia Ci­vil e fez o re­gis­tro do Bo­le­tim de Ocor­rên­cia, mas ad­mi­te que não fez o acom­pa­nha­men­to pa­ra sa­ber se a po­lí­cia ha­via con­se­gui­do lo­ca­li­zar al­gum dos seus apa­re­lhos e, en­tão, só bus­ca mei­os pa­ra com­prar no­vo te­le­fo­ne com a aju­da de seus fa­mi­li­a­res.

O autô­no­mo Antô­nio Car­los se quei­xa que já per­deu três apa­re­lhos ce­lu­la­res pa­ra as­sal­tan­tes e que, em­bo­ra te­nha bus­ca­do a aju­da da po­lí­cia, não con­se­guiu re­cu­pe­rar ne­nhum. “Fiz o re­gis­tro do Bo­le­tim de Ocor­rên­cia e vol­tei às de­le­ga­ci­as, mas nun­ca re­ce­bi qual­quer no­tí­cia de re­cu­pe­ra­ção de al­gum dos meus apa­re­lhos. O jei­to é com­prar ou­tro”, la­men­tou.

Sus­pei­to com 40 apa­re­lhos

Em fe­ve­rei­ro des­te ano, a Po­lí­cia da ca­pi­tal pren­deu um sus­pei­to com cer­ca de 40 apa­re­lhos ce­lu­la­res, além iPads e no­te­bo­oks. Os ce­lu­la­res fo­ram rou­ba­dos du­ran­te o fim de se­ma­na de car­na­val na ca­pi­tal. Os ce­lu­la­res fo­ram re­cu­pe­ra­dos pe­la po­lí­cia du­ran­te ação que in­ves­ti­ga rou­bo de smartpho­nes e o trá­fi­co. O sus­pei­to foi au­tu­a­do por cri­me de re­cep­ta­ção.

Em 2013, o ra­paz já ha­via si­do pre­so em fla­gran­te ao ten­tar rou­bar uma mu­lher du­ran­te o Ba­ca­bal Fo­lia, com 12 apa­re­lhos ce­lu­la­res, uma câ­me­ra fo­to­grá­fi­ca, jói­as e um par de tê­nis.

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