SEGURANÇA

Integrantes de grupo que assalta bancos no interior do Maranhão são presos

A organização criminosa atua em diferentes estados e participou de pelo menos três ataques em 2018; segundo a polícia, não há conexão com assalto de Bacabal

Francisco das Chagas da Silva Santana, conhecido como Nego Francisco, José Neres Silva, Antonio Johan Morais da Silva, apelidado de Gordinho, e Raimundo de Souza Teixeira Filho (Alan Azevedo / O Imparcial)

Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (8) pela Superintendência Especial de Investigações Criminais (Seic) da Polícia Civil acusadas de integrarem grupo interestadual de roubo a agências bancárias no interior do Maranhão. Segundo a polícia, à priori não há relação com o grande assalto de Bacabal realizado 25 de novembro.

Graças a investigação conduzida pelo Departamento de Combate a Roubos a Instituições Financeiras durante sete meses, Francisco das Chagas da Silva Santana, conhecido como Nego Francisco, de 38 anos, José Neres Silva, 21 anos, Antonio Johan Morais da Silva, apelidado de Gordinho, com 21 anos, e Raimundo de Souza Teixeira Filho, de 34 anos, foram presos por organização criminosa armada e porte ilegal de arma de fogo.

Da esquerda para a direita: Delegado Pedro Fernandes, Superintendente
Carlos Alessandro e Delegado Luciano Bastos (Alan Azevedo / O Imparcial)

Segundo o Superintendente da Seic, Carlos Alessandro, o grupo estava envolvido em três outros casos de assalto à banco no interior do Maranhão. “Nego Francisco seria o líder da organização e inquéritos policiais apontam ele sendo um dos autores de eventos ocorridos em 2018, entre eles o assalto à agência bancária do município de Buriticupu, em agosto, assim como em São Luís Gonzaga, em setembro, e também no caso de assalto à agência bancária no município de Arame”, disse durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (9).

Além de danos ao patrimônio, Nego Francisco também tinha mandados de prisão por dupla tentativa de homicídio em Cidade Dutra, além de roubo e homicídio.

 

Preso com armas na mala

Segundo contou o delegado Pedro Fernandes, a partir das investigações, a polícia obteve a informação de que o grupo provavelmente estaria movimentando armas de grosso calibre e explosivos. “Diante das informações, dividimos as equipes e ficamos a postos em rodoviárias de grande movimento no Estado. Nossa equipe então conseguiu detectar a presença de Antonia Johan, o Gordinho, no Terminal Rodoviário de Peritoró. Ele portava uma mala grande e um pacote de papelão, demonstrando nervosismo. Assim que ele embarcou, nós fizemos a abordagem”.

Essa é a mala que continha os armamentos e os explosivos (Alan Azevedo / O Imparcial)

Dentro de sua mala estavam duas espingardas calibre .12, um fuzil calibre 7.62, uma pistola calibre .40 que pertence ao Acervo Patrimonial da Polícia Militar do Pará, várias munições, assim como também uma grande quantidade de explosivos. De imediato foi dada voz de prisão.

A pistola pertence ao Acervo Patrimonial da Polícia Militar do Pará (Alan Azevedo / O Imparcial)

Outros integrantes foram presos nos arredores de Gurupi. Nego Francisco e José Neres foram presos no momento em que tentavam resgatar o armamento e o comparsa na cidade de Maracaçumé.

Em depoimento, Nego Francisco admitiu que o grupo planejava novo ataque ainda em janeiro. A estrutura da quadrilha era articulada por Nego Francisco. Raimundo armazenava as armas e equipamento para roubos enquanto Antonio Johan transportava esses equipamentos. Eles ainda estavam aguardando integrantes de outros estados que iriam chegar com mais armamentos. “É uma quadrilha interestadual”, afirmaram os delegados.

Sobre Bacabal

O delegado Luciano Bastos, presente na coletiva de imprensa, afirmou que não se pode descartar a possibilidade de conexão entre a quadrilha e o caso do assalto de Bacabal, ams que à princípios não existe relação. “Em Bacabal era o PCC (Primeiro Comando da Capital, organização criminosa de São Paulo) e outra organização criminosa da Bahia que, aparentemente, não estão conectadas com o grupo preso.

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