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Projeto de lei que restringe benefícios sociais e salário mínimo passa pela Câmara

Texto segue para o Senado e inclui novas regras para o BPC, reajuste salarial atrelado ao arcabouço fiscal e medidas para reduzir despesas obrigatórias.

(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira (19), o Projeto de Lei 4614/24, que impõe restrições ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e limita o aumento real do salário mínimo. A proposta, que visa reduzir as despesas obrigatórias do governo, segue para o Senado.

O projeto, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), estabelece novas regras para o BPC, incluindo a obrigatoriedade de biometria para novos beneficiários e a atualização cadastral a cada dois anos. Também impõe a exigência de avaliação de grau de deficiência para a concessão do benefício. Além disso, o texto modifica as regras do aumento real do salário mínimo, vinculando-o ao crescimento da receita primária do governo, com limites entre 0,6% e 2,5%.

O relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), suavizou algumas restrições, mas manteve as mudanças no salário mínimo. O aumento será calculado com base no crescimento da receita primária e no cumprimento das metas fiscais. A alteração pode resultar em economia de R$ 5,2 bilhões, segundo projeções.

A atualização do Cadastro Único (CadÚnico) será obrigatória a cada 24 meses, com suspensão de benefícios para quem não cumprir. Também serão exigidos documentos com cadastro biométrico para a concessão de benefícios.

O projeto prevê ainda mudanças no Bolsa Família, como a possibilidade de reduzir o valor máximo para desligamento do programa, e estabelece a obrigatoriedade de cruzamento de dados com concessionárias de serviços públicos para evitar fraudes.

Apesar das críticas, como a de que a proposta prejudica pessoas com deficiências leves, o governo defende que as medidas combatem fraudes e asseguram a responsabilidade fiscal.

*Fonte: Agência Câmara de Notícias

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