Polêmica

Câmara e Senado contestam restrições de Flávio Dino às emendas Pix

As advocacias das duas Casas do Congresso apresentaram agravos contra determinação do ministro do STF.

A Primeira Turma do STF confirmou a decisão do ministro Flávio Dino que negou anular a multa de R$ 70 mil imposta pelo TSE ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). (Foto Divulgação)

As advocacias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ingressaram com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisões do ministro Flávio Dino que impõem restrições à execução das emendas de transferência especial, conhecidas como “emendas pix”.

Essas emendas, que não exigem contrapartida do gestor que recebe a verba, totalizam R$ 8 bilhões este ano e são destinadas a aliados políticos, prefeitos e candidatos nas eleições de outubro.

As liminares concedidas por Dino determinam que as transferências sejam fiscalizadas tanto pela Controladoria-Geral da União (CGU) quanto pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Além disso, Dino autorizou o uso da verba apenas para obras que já estejam em andamento.

Em resposta, Câmara e Senado apresentaram agravos regimentais no STF, pedindo a revogação dessas liminares.

No recurso, as duas Casas do Congresso argumentam que as “emendas pix” foram instituídas por uma emenda constitucional promulgada em 2019, e que qualquer limitação à sua aplicação só poderia ser estabelecida pelo STF em caso de “inequívoca afronta à cláusula pétrea da Constituição”.

O Senado e a Câmara afirmam que a norma constitucional não viola o princípio da publicidade ou quaisquer direitos relacionados ao controle da Administração Pública.

Defendem que eventuais irregularidades devem ser corrigidas por meio de medidas de fiscalização que aperfeiçoem a conformidade com a legislação vigente.

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