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Saiba mais sobre o uso da energia nuclear no Brasil e no mundo

Atualmente, o Brasil tem duas usinas em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, no Rio de Janeiro.

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Na recente Conferência do Clima das Nações Unidas, COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um grupo de 22 países se comprometeu a aumentar três vezes a geração de energia nuclear até 2050.

Este esforço visa contribuir para a descarbonização e mitigação das mudanças climáticas, considerando a energia nuclear como uma fonte limpa por não emitir gases do efeito estufa.

O Brasil, embora não seja signatário do acordo, está focado em expandir sua capacidade nuclear através da construção da usina Angra 3, localizada no litoral sul do Rio de Janeiro.

Atualmente, o país opera duas usinas nucleares, Angra 1 e Angra 2, situadas na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

Operadas pela empresa estatal Eletronuclear, Angra 1, em funcionamento desde 1985, está em processo de renovação de licença para operar por mais 20 anos, fornecendo 640 megawatts (MW) de potência, suficiente para abastecer uma cidade como Manaus.

Angra 2, em operação desde 2001, possui 1.350 MW de potência, capaz de atender uma cidade do porte de Brasília e Porto Alegre juntas. Juntas, as usinas respondem por cerca de 2% do consumo nacional de energia elétrica, integrando o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Angra 3, cuja entrada em operação não está prevista antes de 2030, terá uma capacidade de 1.405 MW, gerando mais de 12 milhões de megawatts-hora anualmente, suficiente para abastecer 4,5 milhões de pessoas.

O Brasil é um dos três países do mundo, ao lado dos Estados Unidos e Rússia, que possuem reservas de urânio, tecnologia de beneficiamento e usinas nucleares para a produção de energia.

O país detém a 8ª maior reserva de urânio global, após a Austrália, principal detentora desse recurso.

Globalmente, a energia nuclear representa 23,7% da produção de energia limpa.

A França lidera este segmento, respondendo por mais de 70% dessa produção. No mundo, há 437 reatores nucleares em operação, com destaque para os Estados Unidos (93), França (56), China (55), Rússia (37), Coreia do Sul (25), Índia (19) e Canadá (19).

Na América Latina, além do Brasil, Argentina possui 3 usinas nucleares e o México, 2. Dos três países, o Brasil detém a maior capacidade instalada.

Globalmente, há atualmente 58 reatores em construção em 17 países, com China (22), Índia (8) e Turquia (4) liderando as construções. Na Europa, estão sendo preparados 13 reatores, enquanto nas Américas, há três em construção.

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