Sentença

Justiça condena líderes religiosos por fazerem culto em frente a terreiro de candomblé em São Luís

Os líderes das igrejas evangélicas Pentecostal Jeová Nissi e Igreja Ministério de Gideões foram condenados a pagarem uma multa de R$ 5 mil por danos morais coletivos.

Reprodução

A Justiça do Maranhão condenou os líderes religiosos das igrejas evangélicas Pentecostal Jeová Nissi e Ministério de Gideões a pagar uma multa de R$ 5 mil por danos morais coletivos.

Além disso, a decisão judicial exige que esses líderes se abstenham de realizar manifestações que ameacem ou perturbem a prática de religiões de matriz africana no estado.

Em caso de novas tentativas de perturbação, foi imposta uma multa adicional de R$ 2 mil.

A decisão, divulgada nesta sexta-feira (28), decorre de um incidente ocorrido em abril de 2022.

Na ocasião, membros das igrejas, sob a liderança de Flávia Maria Ferreira dos Santos, Charles Douglas Santos Lima e Marco Antônio Ferreira, organizaram um “protesto” em frente à Casa Fanti Ashanti, um terreiro de matriz africana em São Luís.

O objetivo do ato era evangelizar os praticantes do candomblé da comunidade local.

Os membros das igrejas estavam realizando uma marcha comemorativa pelo 12º aniversário da comunidade, que incluía uma caminhada com orações ao ar livre pelo bairro, culminando em frente à Igreja Pentecostal Jeová Nissi, na Rua Militar.

No entanto, no mesmo dia, os integrantes do terreiro se preparavam para uma festividade tradicional dedicada ao orixá Ogum quando foram surpreendidos pelos protestos dos religiosos.

A Justiça considerou que a manifestação dos líderes religiosos causou danos morais coletivos aos praticantes das religiões de matriz africana, resultando nas penalidades impostas.

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