UTOPIA?

BNDES estuda desenvolvimento de metrôs, BRTs e VLTs em São Luís do Maranhão

Promessas de desenvolvimento desses meios de transporte na Região Metropolitana continuam emperradas

Créditos - Reprodução

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) começou a elaborar pesquisa para mapear projetos de mobilidade urbana em 21 cidades brasileiras, incluindo São Luís, capital do Maranhão.

O estudo vai se concentrar naquelas com população ultrapassando 1 milhão de habitantes — com projetos de média e alta capacidade, como metrôs, BRTs, VLTs e trens.

Para a produção do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, o Banco deverá investir R$ 27,8 milhões.

O mapeamento vai ter a duração de um ano, em parceria do Ministério das Cidades. Segundo o BNDES, a etapa inicial tem — como um dos objetivos — é mapear a qualificação técnica de empresas interessadas.

Atualmente, o déficit de investimentos no setor atinge pelo menos R$ 300 bilhões, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados em 2023.

Ao fim do estudo, as cidades devem estar aptas para buscar alternativas de financiamento.

Implantação de VLT virou piada e lenda urbana em São Luís

A implantação de um Veículo Leves sobre Trilhos (VLT) foi uma das promessas de campanha de João Castelo (1937-2016). Em 2012, ele tentava a reeleição para o cargo de prefeito da capital maranhense e acabou derrotado por Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que na época estava no PTB. (Mais após a imagem)

Com a promessa de melhorar a mobilidade urbana na capital maranhense, a compra foi realizada às vésperas das eleições municipais pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), que não se reelegeu.

Castelo acabou denunciado pelo Ministério Público por fraude na licitação referente à compra do VLT — no valor mde R$ 7 milhões.

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) comprado por R$ 7 milhões em setembro de 2012 pela Prefeitura de São Luís continua sem utilização em um galpão da Transnordestina Logística S. A., localizado no Tirirical, em São Luís.

Uma única “viagem-teste” de tráfego teria sido realizada em um trecho de 800 metros, do ponto que segue do fundo do Terminal de Integração da Praia Grande, na Avenida Beira-Mar, até as proximidades do Mercado do Peixe – único ponto do projeto que chegou a ser construído.

O VLT tem dois vagões de 18 metros de extensão cada, com seis portas que abrem simultaneamente e capacidade para 358 pessoas (96 sentadas e 262 em pé). O veículo chega a atingir velocidade média de até 100 km/h.

Já em 2016, foi anunciado pelo Governo do Estado o BRT da Holandeses, que sairia da frente do condomínio Alphaville, em Paço do Lumiar, echegaria na área onde hoje é o Trapézio do Calhau, em São Luís.

Orçado em R$ 140 milhões, o traçado projetado para o BRT nunca foi finalizado e, durante um breve período,recebeu a circulação de ônibus convencionais.

Na capital maranhense, usuários do transporte público enfrentam transtornos extremos com congestionamentos e super lotação e, mais recentemente, problemas causados com a mudança do sistema de bilhetagem eletrônica.

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