Três madeireiros suspeitos de extração e comércio ilegal de madeiras de Terras Indígenas do Maranhão foram presos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (7).

A prisão ocorreu após mandados de prisão preventiva expedidos pela 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Justiça Federal.

A ação faz parte da “Operação Relutantes”, segunda fase das operações “Arrabalde” e “Kambõ Urucum”, deflagradas em julho de 2023.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, suspensão das atividades econômicas e outras medidas cautelares contra os suspeitos.

Segundo as investigações, os madeireiros recebiam a madeira e outros produtos vegetais sem o Documento de Origem Florestal (DOF), licença obrigatória para transporte e armazenamento de produtos nativos.

Posteriormente, os produtos eram vendidos pelos empresários.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 951.889,71 dos investigados, além da prisão preventiva. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos inseriam informações falsas no sistema de controle florestal.

Eles foram indiciados por estarem à frente de estabelecimentos sem licença ou autorização dos órgãos ambientais, além de explorarem a floresta em terras indígenas.

Os investigados já tinham uma ordem judicial que suspendia suas atividades.

As prisões foram efetuadas após a constatação de que os suspeitos estavam descumprindo a ordem judicial e embargos aplicados pelos órgãos de fiscalização, além de aumentar os conflitos com os indígenas que protegem a terra indígena Alto Turiaçu.

Após a prisão, os suspeitos foram encaminhados para uma unidade prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça do Maranhão.