PISO SALARIAL

Enfermeiros da rede particular fazem manifestação por pagamento nesta segunda (27) em São Luís

Rede responsável por hospital particular de São Luís não vem cumprindo piso previsto por lei, segundo os profissionais

Reprodução

Profissionais da enfermagem bloquearam a Avenida Jerônimo de Albuquerque na manhã desta segunda (27), em São Luís. Eles cobram – da rede que administra o hospital São Domingos – o pagamento de piso salarial. O protesto causou lentidão na avenida, nesta manhã.

A manifestação contou com a participação de integrantes do Sindicato da Enfermagem, do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão, além de técnicos.

A reivindicação dos enfermeiros está diretamente relacionada à Lei 14.434/2022, sancionada pelo presidente da república em agosto de 2022, que estabelece o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

A lei prevê que o piso salarial dos enfermeiros deve ser de, no mínimo, R$ 4.750,00. Técnicos de enfermagem devem receber pelo menos 70% desse valor, enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras devem receber pelo menos 50% do piso estabelecido para enfermeiros.

Em depoimento à imprensa no local, Lucimary Santos Pinto – presidente do Sindsaúde/MA – detalhou que, apesar da sanção da lei, a implementação do reajuste salarial tem enfrentado dificuldades e atrasos, o que motivou o protesto desta manhã. Ela explicou que a rede responsável pelo São Domingos não tem cumprido o piso:

Com as alterações promovidas pelo Supremo Tribunal Federal, é preciso uma negociação regional para que os hospitais [particulares] paguem esse piso. A rede que administra o hospital vem atrapalhando esse pagamento.

A presidente explicou ainda que os profissionais têm recebido bem menos que o previsto:

Os trabalhadores recebem R$ 1.400, sendo que o piso é de R$ 3.500. A rede precisa se sensibilizar e respeitá-lo. As redes que administram o São Domingos e [o hospital] UDI lucraram muito durante a pandemia.

Ainda segundo Lucimary Pinto, nesta terça (28) será realizada uma reunião entre o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os profissionais farão outra manifestação amanhã (28), informou a presidente no local, na manhã de hoje.

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