No Maranhão

Empresário e sobrinho são presos em Timon por suposta liderança em organização criminosa

Além das prisões, as autoridades apreenderam cinco aparelhos celulares e aproximadamente R$ 8 mil em espécie.

Reprodução

Na última quinta-feira (11), na cidade de Timon, o empresário Waldistom dos Santos Oliveira foi preso pelas autoridades policiais.

A prisão ocorreu em decorrência de acusações que envolvem sua suposta liderança em uma organização criminosa atuante nos estados do Maranhão e Piauí, bem como sua participação em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Juntamente com ele, seu sobrinho, identificado como José Fernandes de Oliveira Neto, também foi preso. Neto estava sujeito a um mandado de prisão temporária, emitido pela Justiça na comarca de Timon, por suspeita de envolvimento em um homicídio.

Os mandados de prisão foram cumpridos pela polícia do 11º Batalhão de Polícia Militar, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA).

Além das prisões, as autoridades apreenderam cinco aparelhos celulares e aproximadamente R$ 8 mil em espécie. Contra Waldistom dos Santos, havia três mandados de prisão, dois deles expedidos pelo Poder Judiciário do Maranhão a pedido do Gaeco, e o terceiro pela Justiça Federal após representação da Polícia Federal.

Waldistom dos Santos, conhecido também como “Maguim”, “Washington Maguim” ou “Maguim da Modelo”, já havia sido investigado e preso anteriormente em setembro de 2020, durante a operação Integração, realizada pelo Gaeco e Polícia Federal. Em junho de 2021, ele foi novamente detido durante as operações Mormaço e Hesíodo, também realizadas pelo Gaeco e Polícia Federal.

A operação Mormaço, deflagrada em 10 de junho de 2021, teve como objetivo desarticular uma facção com atuação interestadual nos estados do Maranhão e Piauí.

As investigações iniciadas em 2020 mostraram que a organização criminosa liderada por Waldistom dos Santos possuía um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro.

Este sistema envolvia a utilização de empresas para o escoamento dos valores provenientes de atividades ilícitas, como o comércio de drogas, armas de fogo, veículos e peças de automóveis, entre outras.

De acordo com o MP-MA, o dinheiro proveniente dessas atividades era investido em agências de veículos, arenas esportivas, aquisição de imóveis e outros segmentos empresariais, visando dificultar o rastreamento dos valores.

Em resposta às investigações, a 1ª Vara Criminal do Termo Judiciário de São Luís-MA determinou o sequestro de bens móveis e imóveis avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões, além do bloqueio de diversos ativos financeiros.

Segundo as investigações, as movimentações financeiras dos investigados chegaram a valores próximos a R$ 90 milhões.

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