Ressocialização

Mão de obra carcerária realiza confecção de fardamentos para escolas públicas do Estado

A ação tem como objetivo não apenas atender às demandas escolares, mas principalmente viabilizar oportunidades de reinserção social, capacitação profissional e um novo ofício às internas.

(Foto: Divulgação)

Os preparativos para o início do ano letivo na rede pública de ensino do Maranhão não se limitam apenas à organização das escolas e salas de aula. Eles ultrapassam as fronteiras ao incorporar uma abordagem que promove a inclusão social e a ressocialização dos internos do sistema prisional maranhense.

Exemplo dessa inclusão é a fabricação dos fardamentos escolares dentro do sistema penitenciário maranhense. A iniciativa ocorre por meio da parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) com a Secretaria de Estado da Educação, Polícia Militar do Maranhão (PMMA) e Corpo de Bombeiros do estado (CBMA).

A ação tem como objetivo não apenas atender às demandas escolares, mas principalmente viabilizar oportunidades de reinserção social, capacitação profissional e um novo ofício às internas.

Entre os benefícios da ação estão: economia ao governo, reduzindo os custos envolvidos na produção, representando uma gestão eficiente de recursos públicos; fardamentos de qualidade, produzidos em âmbito local e com um propósito social significativo; e principalmente, viabilizar oportunidades de ressocialização e capacitação profissional às internas.

Atualmente, a produção dos fardamentos escolares conta com mais de 70 internas, na Unidade Prisional Feminina (UPFEM), localizada na BR 135 – KM 13, envolvidas em diversas etapas, tais como; seleção de materiais de qualidade adequada para a confecção dos uniformes (desde o corte dos tecidos até a costura, sob a supervisão de profissionais especializados, contribuindo para a aquisição de habilidades técnicas) e sublimação. Este processo permite que as escolas tenham uniformes personalizados de acordo com suas identidades visuais.

Além disso, a qualidade dos fardamentos é verificada durante a embalagem, para garantir que atendam aos padrões. Esse comprometimento com a excelência não apenas beneficia as escolas, mas, principalmente, os alunos.

A expectativa de produção para o ano de 2024 é de 500 mil fardamentos regulares para Seduc (camisa), 50 mil uniformes para os Colégios Militares da PM (camisa, calça, camiseta e bermuda) e 6 mil fardamentos dos Colégios do Corpo de Bombeiros.

Diante disso, a produção dos fardamentos escolares dentro da malharia do sistema penitenciário não apenas fornece uniformes de qualidade, mas também oferece oportunidades significativas de ressocialização e capacitação para aqueles que buscam reconstruir suas vidas após o cumprimento de suas penas.

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