Plano Anual de Financiamento

Dívida pública federal pode alcançar até R$ 7,4 trilhões em 2024

Os números foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional.

Reprodução

O Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira (30) o Plano Anual de Financiamento (PAF) da Dívida Pública Federal (DPF) para 2024.

Após encerrar 2023 em torno de R$ 6,5 trilhões, a DPF espera atingir entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões até o final deste ano, mantendo-se em níveis recordes.

O PAF não apresenta mudanças significativas em relação a 2023, mas reserva espaço para aumentar levemente a participação de títulos prefixados e elevar a parcela corrigida pela taxa Selic, mesmo diante da expectativa de redução nos juros básicos, em queda desde agosto do ano passado.

O documento estabelece metas para a composição da DPF em 2024, projetando que a parcela vinculada à Selic encerrará o ano entre 40% e 44%, enquanto os títulos prefixados ocuparão uma fatia entre 24% e 28%.

A proporção da dívida corrigida por índices de preços ficará entre 27% e 31%, e a parte corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá variar entre 3% e 7%.

Em 2023, a DPF registrou aumento nos títulos corrigidos pela Selic, impulsionado pela alta da taxa básica de juros, enquanto a participação dos títulos prefixados diminuiu.

Durante o segundo semestre, o interesse por títulos prefixados retornou à medida que os juros básicos começaram a cair.

O PAF também prevê uma margem para aumentar o prazo médio da DPF, que encerrou 2023 em 4 anos.

O Tesouro estipula que o prazo ficará entre 3,8 e 4,2 anos no final de dezembro de 2024. Além disso, a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses deverá situar-se entre 17% e 21%.

O governo ressalta ter mecanismos de segurança, incluindo reservas internacionais para cobrir vencimentos da dívida externa até janeiro de 2025 e um colchão de R$ 982 bilhões para garantir capacidade de financiamento em caso de crise econômica.

A Dívida Pública Federal desempenha um papel crucial, permitindo ao Tesouro Nacional captar recursos por meio da emissão de títulos, comprometendo-se a devolver os valores com correção, seguindo a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou sendo prefixada.

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