Qualidade de vida

Estudo aponta que caminhar a uma velocidade de 4 km/h ou mais reduz risco de diabetes

Passos ligeiros a 4km/hora ajudam a evitar a doença que atinge cerca de 13 milhões de brasileiros.

Para reverter esse quadro, uma atividade simples pode ser incluída na rotina diária: a caminhada.

Quanto mais rápida a marcha, maior o benefício: um aumento de 1km/hora tem relação com uma redução de 9%, segundo os resultados. (Foto: Reprodução)

Caminhar a uma velocidade de 4 km/h ou mais está relacionado a um risco significativamente reduzido de diabetes tipo 2, de acordo com uma compilação de estudos científicos publicada no British Journal of Sports Medicine.

Os resultados indicam que um aumento de 1 km/h na velocidade está associado a uma redução de 9% nesse risco.

Atualmente, o número global de adultos com diabetes tipo 2 é de 537 milhões, sendo 13 milhões no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Estima-se que a prevalência global alcance 783 milhões até 2045.

Os autores do estudo argumentam que uma atividade física simples e acessível, como caminhar, não apenas está ligada à prevenção da diabetes, mas também traz diversos benefícios sociais e mentais.

Os pesquisadores da Universidade Médica de Semnan, no Irã, examinaram estudos de longo prazo publicados até maio de 2023 e selecionaram 10 para inclusão. Esses estudos, realizados entre 1999 e 2022 nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido, monitoraram um total de 508.121 adultos por períodos que variaram de três a 11 anos.

A análise dos dados combinados revelou que caminhar a uma velocidade média de 3 a 5 km/h estava associado a um risco 15% menor de diabetes tipo 2 em comparação com caminhar a menos de 3 km/h, independentemente do tempo dedicado à atividade. Da mesma forma, caminhar a uma velocidade rápida de 5 a 6 km/h foi relacionado a uma redução de 24% na incidência da doença em comparação com uma caminhada mais lenta.

Aqueles que caminharam rapidamente a uma velocidade superior a 6 km/h apresentaram um risco reduzido de cerca de 39%, o que equivale a menos 2,24 casos de diabetes tipo 2 a cada 100 pessoas. Cada aumento de 1 km/h na velocidade reduziu em 9% a probabilidade da doença.

Os pesquisadores reconhecem limitações, como ajustes inadequados para fatores que podem influenciar a velocidade da caminhada em um dos estudos incluídos. Além disso, consideram a possibilidade de causalidade reversa, já que participantes com passadas mais rápidas podem ser mais ativos fisicamente e ter melhor saúde geral.

Eles sugerem que a caminhada rápida contribui para a perda de peso, melhorando assim a sensibilidade à insulina. Concluem que caminhar rapidamente, independentemente do tempo total dedicado à atividade, pode estar associado a um menor risco de diabetes tipo 2 em adultos.

Os autores recomendam que, além de estratégias para aumentar o tempo total de caminhada, seja incentivado o aumento da velocidade para maximizar os benefícios à saúde provenientes dessa atividade.

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