CPI

Flávio Dino diz que imagens do 8 de janeiro foram deletadas por “problema contratual”

O Ministro da Justiça negou a hipótese de que os conteúdos desses vídeos tenha potencial de mudar o rumo das investigações sobre os atos.

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. (Foto: Reprodução)

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, abordou nesta quarta-feira (30) a notícia sobre o desaparecimento das imagens das câmeras de segurança do Ministério ocorrido em 8 de janeiro.

Ele mencionou que as gravações que mostravam os arredores e o interior do edifício foram apagadas, mas não confirmou a eliminação definitiva do material. Dino informou que seu secretário-executivo, Ricardo Cappelli, tem trabalhado nos últimos sete dias para tentar recuperar as imagens deletadas.

Dino explicou que as imagens foram perdidas devido a um “problema contratual” com a empresa responsável, e que a manutenção das imagens não era obrigatória após um determinado período. Ele enfatizou que não acredita que os vídeos possuam conteúdo capaz de impactar as investigações em curso.

“Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não, não vão. Não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que eles inventaram”, disse o ministro.

O Ministro ressaltou que a Polícia Federal já havia coletado gravações no início da investigação, mas que ele mesmo não tinha acesso a essas imagens. Fontes da Polícia Federal mencionaram que o ministério argumentou que não era necessário manter as imagens, dado que o prédio não sofreu invasão, resultando na preservação apenas das gravações de duas câmeras posicionadas no topo do Palácio da Justiça, voltadas para a Esplanada.

As gravações, inicialmente solicitadas à Suprema Corte pelos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os eventos de 8 de janeiro, haviam sido requisitadas diretamente ao Ministério da Justiça.

Na época, Flávio Dino explicou que a liberação do material dependia da aprovação do STF. O argumento era de que o compartilhamento, mesmo sob sigilo, poderia prejudicar as investigações em andamento.

Flávio Dino também comentou sobre a atuação da Força Nacional no dia dos incidentes extremistas.

“É mentira, a Força Nacional atuou. Agora, atuou nos termos da lei. Ela estava cumprindo o que foi pactuado no dia 7”, disse.

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