FEMINICÍDIO

Assassino de policial pagou R$ 3 mil para motorista levá-lo ao Maranhão

Leandro Peres Ferreira, 47 anos, foi morto na madrugada desta segunda-feira (14/8), após confronto com a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), em Porangatu (GO)

Leandro Peres Ferreira, 47 anos, foi morto na madrugada desta segunda-feira (14/8) após troca de tiros com a polícia - (crédito: reprodução/ redes sociais)

Acusado de matar a ex-companheira e policial civil Valderia da Silva Barbosa, 46 anos, a facadas na sexta-feira (11/8), Leandro Peres Ferreira, 47 anos, pagou R$ 3 mil para um motorista de aplicativo levá-lo para o Maranhão, após cometer o crime e fugir. Na madrugada desta segunda-feira (14/8), ele foi morto por policiais militares de Goiás durante uma troca de tiros na cidade de Porangatu (GO).

Após cometer o crime na Arniqueira, Leandro abandonou o veículo utilizado na casa da mãe dele, em Taguatinga Norte. Após deixar o carro, o suspeito sacou dinheiro em uma agência bancária, provavelmente para financiar a fuga. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o feminicida saiu de uma loja, em Taguatinga, onde pegou a bicicleta e foi embora, por volta das 12h26. O corpo da policial foi encontrado pelo filho dela, de 24 anos, por volta de 12h30.

Assim que tomaram conhecimento do crime, as equipes da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) deram início à busca e captura do suspeito. Imagens divulgadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mostram Leandro entrando no condomínio da vítima, em Arniqueira, dirigindo um Ford Fiesta vermelho. Ele ficou no condomínio da vítima durante três horas, esperando pela chegada dela, o que sugere premeditação, segundo as investigações. O casal estava separado há cerca de 40 dias.

Segundo a PCDF, com a colaboração de diversas unidades policiais e dicas da comunidade, no dia seguinte ao crime, informações levaram os policiais a Porangatu (GO), onde Leandro estava escondido. Uma pista importante veio de um motorista de aplicativo, que ficou desconfiado após um homem lhe oferecer R$ 3 mil em dinheiro para uma viagem até o Maranhão.

No entanto, Leandro desceu do carro e não deu continuidade à viagem, deixando a quantia em espécie para trás. Desconfiado, o motorista acionou a polícia. Graças a essa informação, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) iniciou um patrulhamento nas imediações do endereço informado e nas principais vias de acesso da cidade.

Confronto
De acordo com a PMGO, Leandro foi localizado caminhando em uma estrada de terra às margens da BR-153. O autor perambulava pela via sem a bicicleta utilizada no dia da fuga, quando foi encontrado pelos agentes. Ele reagiu à abordagem policial — o homem portava um revólver calibre 32 sem identificação, apreendido pela polícia após a troca de tiros.

Leandro foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal de Porangatu, mas morreu na unidade. Uma equipe da PCDF também estava na cidade em busca do suspeito, mas não participou do confronto.

Cooperação
Em nota, a PCDF destacou a importância da cooperação entre as forças de segurança e a comunidade. “A polícia agradece o apoio e as informações prestadas pela população, que foram fundamentais para a captura do suspeito”, disse.

Delegado-geral da PCDF, Robson Cândido agradeceu ao apoio dado pela polícia de Goiás para elucidar o caso.

“Nosso mais sincero reconhecimento a todos os guerreiros das forças de segurança do Estado de Goiás, em especial ao GPT do 3ºBPM/12ºCRPM., pela coragem, determinação e cooperação na resolução desse caso. Esta união é um exemplo claro de que a conjugação de esforços contribui diretamente para a segurança e tranquilidade de nossas unidades federativas e de todo o país”, ressaltou em nota.

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) também se manifestou sobre o trabalho conjunto entre os agentes do DF e de Goiás.

“Este sucesso operacional é resultado do profissionalismo e da cooperação estreita entre as forças policiais do Distrito Federal e de Goiás. Esse trabalho ressalta a capacidade das instituições de segurança pública em trabalhar em conjunto, oferecendo uma resposta decisiva aos cidadãos e uma mensagem clara e inequívoca aos criminosos: o feminicídio é uma afronta inadmissível e intolerável em nossa sociedade”, destacou.

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