Aniversário

O Imparcial completa 97 anos e com muitas histórias para contar

O jornal O Imparcial completa 97 anos neste dia primeiro de maio, mantendo a memória de quem tem acompanhado a sua história quase centenária.

A primeira edição do Jornal O Imparcial foi no dia dia 1° de maio de 1926. (Foto: Reprodução)

“No dia primeiro de maio de 1926, o empresário de exportação no centro de São Luís, João Pires Ferreira decidiu, com espírito empreendedor, carregado de ousadia e vontade de demarcar espaço social, transformou em editora de jornal, uma gráfica que dividia a propriedade com o irmão José Pires. Nascia a primeira edição de O Imparcial. J. Pires, como ficou conhecido, quebrou um paradigma de então: levar às ruas de São Luís e do Maranhão, um jornal sem comando político-partidário. Ele enxergou no digladio político entre os folhetins de então, pertencentes a governistas e oposicionistas, o espaço para o jornalismo apartidário capaz de dar à informação, o equilíbrio que a eternizou como substrato da natureza humana” (Raimundo Borges – Diretor de Relações Institucionais do Jornal O Imparcial).

De lá para cá muita coisa aconteceu. Afinal, são 97 anos. Quase um século contando a história, registrando a história, resgatando a história, fazendo parte da história. História. O que se pensa quando se fala em história? Mil e uma coisas, mas certamente, que a imprensa é parte fundamental da história, da construção de memória.

Assim, conversei com três especialistas em pesquisa, resgate, e história, para saber o que eles pensam de um veículo que há quase 1 século resiste, fazendo parte da história do Maranhão e de São Luís.

O jornal O Imparcial completa, neste dia 1º de maio, 97 anos. Em 1926, o matutino surgia pelas mãos do empresário J. Pires, repassado nos anos 1940 aos Diários Associados, onde permanece até hoje.

O Imparcial e Maranhão: as histórias se confundem

Para Antonio Noberto, pesquisador e escritor, membro fundador e ex-presidente da Academia Ludovicense de Letras (ALL), Doutor Honoris Causa em História pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes (FEBACLA), dentre outros títulos, “a história do jornal O Imparcial (Diários Associados) se confunde com a história do Maranhão e da sua capital a partir do século XX. Ninguém é mais longevo que O Imparcial. O jornal impresso está prestes a desaparecer, suplantado pelo domínio da internet e do homus conectus. Mas parece que ninguém avisou isto a O Imparcial“.

Antonio Noberto é pesquisador e escritor, membro fundador e ex-presidente da Academia Ludovicense de Letras. (Foto: Reprodução)

Nos 97 anos do matutino, Noberto diz que o segredo do jornal está no corpo humano como engrenagem essencial. “Uma equipe multifacetada e na visão perfeita dos nichos de oportunidades em plena era da mudança. A imersão na cultura da população maranhense permite que O Imparcial produza pautas e matérias em sintonia com as especifidades regionais e produzindo matérias de alcance nacional e internacional”.

Fruto do Diários Associados, fundado por Assis Chateaubriand, nós não poderíamos falar da história de O Imparcial, sem citar esse que foi um maiores nomes do jornalismo mundial, responsável pelo conglomerado de comunicação criado por ele alcançou todo o Brasil.

Fachada do jornal O Imparcial. (Foto: Reprodução)

Noberto lembra que na política chegou a ser senador pelo Maranhão, e que seu túmulo continua sendo um dos mais visitados do cemitério do Araçá, em São Paulo. “O jornal A Pacotilha foi tão famoso e influente no Maranhão, que até hoje uma das ruas mais conhecidas de São Luís é o Beco da Pacotilha, localizado no Largo do Carmo se estendendo pela rua João Vital de Matos”.

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